Clientes enfrentam longas filas após greve dos bancários

Por Redação
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Longas filas. Este foi o cenário na manhã de ontem (7), das principais agências bancárias da capital baiana, após o fim da greve dos bancários. A decisão foi tomada durante assembleia-geral conjunta, realizada na noite de segunda-feira (06), no Ginásio de Esporte dos Bancários. Durante todo o dia centenas de baianos lotaram as agências de toda a cidade para resolver os transtornos causados pela greve que durou seis dias. Contas a pagar eram as maiores queixas da população que fizeram enormes filas e “trabalharam a paciência” para resolver as pendências.

“Essa greve me trouxe 100% de transtorno. Foram pagamentos que não consegui fazer em caixa eletrônico, sem contar no que tinha a receber. Pra mim foram seis dias de horror, pois a greve foi geral. Mesmo com promessas dos autoatendimentos em funcionamento, o que se viu foi nada funcionando. Agora é correr atrás do prejuízo”, não existiu, a greve foi geral”, contou o operador de máquinas, Márcio Anjos, que tirou o dia para resolver os problemas de banco.

Assim como o operador de máquinas, muitos outros baianos foram aos bancos ontem apenas para resolver pendências, como foi o caso do cabeleireiro, Flaviano Santos, que corre o risco perder a bolsa de estudos por conta da greve: “Se minhas contas a pagar fossem tudo, estaria feliz. O pior é que estou a ponto de descobrir que perdi minha bolsa de estudos federal, já que o contrato venceu dia 5 e hoje já são 7. Essa greve acabou prejudicando, e muito, a quem depende dos bancos”.

Para chegar ao fim da greve, representantes do Sindicato dos Bancários da Bahia, juntamente com a categoria, levaram mais de 150 minutos de falas, discussões e votações. Os empregados dos bancos privados e do Banco do Brasil resolveram aceitar a nova contraproposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), de 8,5% de reajuste nos salários e 9% no piso salarial.
A reivindicação original dos bancários era de 12,5% de reajuste, o que inclui aumento real de 5,4% mais a recomposição das perdas do período outubro/2013 a setembro/2014.

Questões específicas como a isonomia, fim das metas, combate ao assédio moral e revisão de PCR (Plano de Cargos e Remuneração) foram decisivas para fazer com que a greve continue entre os funcionários da Caixa e do Banco do Nordeste, que entra hoje no nono dia de paralisação: “A tradição do nosso sindicato é de realização de Assembleia bastante democrática e participativa. Na última segunda (6), de uma maneira muito democrática, discutimos coletivamente e avaliamos que a greve dos bancos privados e no Banco do Brasil deveria ser suspensa. É bom ressaltar aqui que existe convenção coletiva de trabalho, que vale para todos os bancários do país, mais existem também os acordos coletivos que valem para bancários de determinadas empresas.”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos.

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