A Executiva Nacional do PSB definiu nesta quarta-feira o apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). A decisão foi tomada após mais de três horas de reunião na sede do partido, em Brasília.
A posição da cúpula do PSB abre caminho para que a ex-senadora Marina Silva também apoie o tucano. Marina anunciará sua decisão amanhã, após reunião entre os cinco partidos que integraram sua coligação – PSB, PPS, PHS, PPL, PRP – e representantes da Rede Sustentabilidade, legenda que ela tenta criar. Apesar de ter sinalizado favoravelmente ao tucano no discurso pós-urnas, Marina tem ouvido seus aliados da Rede para tentar fechar posição.
Ao fim da reunião, o vice da chapa de Marina e um dos principais articuladores da aliança com Aécio, deputado Beto Albuquerque, comemorou: “Está tudo serenado”, disse. Questionado sobre a posição da ex-senadora, foi pontual: “Ela está com a gente”.
Sem consenso, os integrantes da Executiva fizeram uma votação: 21 integrantes decidiram caminhar ao lado de Aécio Neves, enquanto seis votaram pela liberação do partido – entre eles o presidente da legenda, Roberto Amaral, historicamente alinhado ao ex-presidente Lula. Apenas o senador João Capiberibe, pai do candidato ao governo do Amapá, Camilo Capiberibe, defendeu o apoio à petista Dilma Rousseff.
A direção do PSB aceitou liberar os diretórios estaduais do Amapá e da Paraíba, onde os candidatos da sigla disputam o segundo turno e querem usar a imagem de Dilma Rousseff na campanha.
De acordo com Roberto Amaral, a aliança foi firmada ressalvadas as realidades nos estados. O candidato ao governo da Paraíba, Ricardo Coutinho, quer usar a imagem de Dilma na campanha. “Faço esse anúncio na expectativa de ver amadurecer um novo modelo de política visando o desenvolvimento e o atendimento às apirações legítimas do povo brasileiro. Essa indicação de apoio fica condicionada a uma aliança firmada sob bases programáticas, considerando a urgência de criar ambiente necessário a um novo ciclo de desenvolvimento”, disse o presidente do PSB.
A deputada Luiza Erundina deixou a reunião antes do fim para evitar um encontro com Aécio Neves, que compareceu ao PSB para sacramentar o apoio. Ela diz que não vai seguir a orientação do partido: “Não vou apoiar nem Dilma nem Aécio. Manter apoio a um desses candidatos é reforçar a polarização que nós viemos combatendo”.
Nesta quarta-feira, mais duas legendas também oficializaram a preferência pelo tucano na reta final da eleição: o PSC, do Pastor Everaldo, e o PV, de Eduardo Jorge. Ontem, o PPS adotou posição idêntica.
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