A greve dos vigilantes na Bahia, iniciada na última segunda-feira, 25, também interferiu no cenário cultural do Estado. Segundo a assessoria da Diretoria de Museus (Dimus), oito museus vinculados ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) estão fechados em toda a Bahia, desde a última sexta-feira, 1.
Em Salvador, o Museu de Arte Moderna (MAM), na avenida Lafayete Coutinho, na Contorno; o Palacete das Artes, na Graça; o Solar Ferrão e os Museus Udo Knoff e Tempostal, no Pelourinho; e o Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória ficaram fechados durante o final de semana. No interior, o Parque Histórico Castro Alves, em Cabaceiras do Paraguaçu, e o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, em Candeias, também não receberam visitação do público. Os museus permanecem fechados até o término da greve dos vigilantes
Já os teatros sentiram um menor impacto com a greve dos vigilantes. O Teatro Castro Alves (TCA) cancelou apenas um espetáculo, na última quinta-feira, 28. A abertura da temporada 2013 da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) ainda não tem data prevista para acontecer.
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Segundo a assessoria do TCA, o público do espetáculo “Bonitinha, mas ordinária” não lotou a Sala do Coro, mas eles não atribuem o fato à greve dos vigilantes. No domingo, no projeto Domingo no TCA, a apresentação “Amor Barato” teve uma sessão cheia. A assessoria admite que se houvesse mais público uma segunda sessão poderia ter sido aberta, como em outras edições do projeto. Mesmo com a greve, alguns vigilantes estão indo trabalhar no Teatro e a Polícia Militar reforça a segurança no local.
O Teatro da Gamboa também informou por meio da sua assessoria de imprensa que teve “casa cheia” nos espetáculos do final de semana. O local não conta com vigilantes fixos, por conta da próximidade com o quartel da polícia e o passeio público.
No Teatro Vila Velha, não houve impactos no público do local. Segundo a assessoria de imprensa, a única alteração foi um maior número de espectadores fazendo um pagamento dos bilhetes com cartões de débito e uma queda daqueles que pagaram em espécie.
Greve – O trabalhadores dizem que manterão a greve até a próxima quinta-feira, 7, quando acontece o julgamento do dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Esta será a segunda audiência entre o patronato e trabalhadores, que não entraram em acordo no encontro da última quinta-feira, 28. A categoria pede o cumprimento da lei 12.740, que estabelece adicional de 30% de periculosidade e realiza manifestações na cidade há cerca de uma semana.