8 de Março é marcado por reflexão e protesto

Por Redação
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Mulheres em protesto ocupam as ruas de Salvador

8 de Março é marcado por reflexão e protesto
8 de Março é marcado por reflexão e protesto

Na tarde desta sexta (8), as mulheres deram um colorido especial na capital baiana para marcar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Acompanhadas por três mini-trios, sindicalistas, lideranças comunitárias e estudantes saíram do Campo Grande às 16h30 com destino à Praça Municipal. As bandeiras de luta não se modificaram muito em relação aos anos anteriores, mas as principais foram a exigência de mais poder político para as mulheres e ações mais firmes dos poderes públicos contra a violência doméstica e familiar.

 

Figuras conhecidas da política baiana marcaram presença durante a caminhada, como a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), a ex-vereadora Olívia Santana (PCdoB), além do vereador Luiz Carlos Suíca (PT), do deputado estadual Marcelino Galo (PT) e da vice-prefeita Célia Sacramento (PV).

 

O evento foi marcado também por uma performance de atrizes que incorporaram figuras históricas femininas importantes, como Luiza Mahim, Irmã Dulce, Maria Quitéria, Ana Nery, Maria da Penha e a presidenta Dilma Roussef.

Aladilce aproveitou para divulgar sua lei (da Maternidade Certa), que garante assistência da rede de saúde às futuras mães. “Toda gestante tem o direito de saber, com antecedência, a maternidade onde seu filho vai nascer ou onde poderá pedir auxílio em caso de intercorrência pré-natal”, explicou, afirmando que isso minimizará as mortalidades materna e neonatal, mas que o poder público precisa assegurar todo o suporte às gestantes, pois a demanda será grande.

A vice-prefeita reforçou a tese de que a data é sempre de luta e reflexões. “Temos que sempre avaliar a situação da mulher, na política e na sociedade, em homenagem as 130 operárias que morreram queimadas nos EUA (no século 19), dando origem ao 8 de Março. Buscamos a construção de uma cidade mais justa e humana para mulheres e homens”, frisou.

Trabalhadoras

Nair Goulart da central Força Sindical ressaltou que a desigualdade salarial também é uma forma de violência contra as mulheres trabalhadoras. “É uma violência econômica que puxa outras formas de violência. Estamos marchando mais uma vez por uma sociedade mais igualitária”, disse.

Para Rosa de Souza, secretária estadual da Mulher Trabalhadora da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a reforma política também é fundamental para as mulheres. “Ela possibilitará uma maior participação feminina no espaço de poder. Também buscamos o fim da violência no local de trabalho, pois as trabalhadoras sofrem com o assédio moral e o assédio sexual”, protestou.

A secretária estadual da Mulher da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vera Carvalho, exaltou a unidade na construção do ato. “É assim que conquistaremos a democratização do poder, o fortalecimento das políticas públicas para as mulheres e maior igualdade de gênero”, afirmou.

A ex-moradora de rua Vanda Azevedo comemorou a homenagem que recebeu como operária da Arena Fonte Nova. “Através do Movimento Popular de Rua consegui fazer um curso e consegui o emprego. Depois, consegui uma casa no programa Minha Casa, Minha Vida. Fiquei muito feliz com a homenagem”, celebrou.

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