Uma nova campanha foi lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nesta semana, com o objetivo de alertar a população de que não é necessário aguardar 24 horas para informar o desaparecimento de uma criança. A iniciativa, intitulada “Não Espere 24h”, foi lançada em comemoração ao Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, que ocorre neste sábado (25).
Ao invés disso, a recomendação é notificar a polícia o mais rapidamente possível sobre o desaparecimento. Segundo o ministério, quanto antes o desaparecimento for comunicado, maiores são as chances de encontrar a criança.
Um levantamento da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas do MJSP revelou que aproximadamente 20 mil pessoas com até 17 anos desaparecem a cada ano no Brasil. Dessas, cerca de 12 mil são localizadas.
“Existem aproximadamente 8 mil famílias que vivem na incerteza e angústia de não saberem o paradeiro de seus entes queridos. A campanha tem como objetivo expor essa realidade e fornecer informações relevantes para a prevenção de novos casos, além de orientações sobre as medidas a serem tomadas em caso de desaparecimento”, afirmou o coordenador-geral de Políticas de Prevenção à Violência e à Criminalidade da Diretoria do Sistema Único de Segurança Pública (Dsusp/Senasp), Leandro Arbogast, em nota divulgada pela pasta.
O coordenador também alertou que as famílias devem informar às autoridades quando a criança ou adolescente for encontrado. Essa medida é fundamental para que a pessoa deixe de constar como desaparecida nos sistemas de busca.
De acordo com o MJSP, o desaparecimento acontece quando há uma interrupção brusca na rotina. Assim que percebido, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil ou acionar o 190.
As informações e documentos considerados essenciais para a busca da criança e do adolescente incluem uma fotografia clara e recente da pessoa desaparecida, a descrição das características físicas, as roupas e pertences que estavam sendo usados, informações sobre a rotina e o estado emocional, dados do celular, redes sociais, contexto do desaparecimento e a possibilidade de coletar amostras de DNA.
Após o registro do boletim de ocorrência, a polícia informará os próximos passos para a busca da criança desaparecida.