Agente repreende Marcola em áudio por desrespeito

Por Redação
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Um áudio gravado em 2022, mas divulgado somente agora, capturou o momento em que Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC, foi repreendido por um chefe de segurança da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) porque não olhou para o chão enquanto caminhava escoltado para fora da cela.

De acordo com o colunista Josmar Jozinho, do UOL, que divulgou o áudio com exclusividade, o servidor deixou claro que quem não cumprir o procedimento de andar com a cabeça baixa será cobrado e terá que responder por falta grave.

Marcola foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para Porto Velho no dia 3 de março de 2022. Permaneceu lá até 25 de janeiro de 2023, quando foi enviado de volta para a unidade do DF, por determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Na conversa gravada, Marcola menciona que no presídio de Brasília a norma de olhar para o chão não era exigida. O chefe de segurança, no entanto, respondeu e alertou que a ordem de baixar a cabeça é clara, direta, legal e deve ser cumprida diariamente.

Marcola afirmou ser educado e respeitar todos os funcionários, a quem se referiu como ‘senhor’, mas reclamou de uma agente penitenciária que, segundo ele, o tratava mal desde o primeiro dia que ele chegou em Porto Velho.

O criminoso disse que a agente não gostava dele porque possivelmente havia perdido alguns amigos agentes penitenciários, assassinados pelo crime organizado, e o culpava por isso.

Na mesma conversa, Marcola chamou o ex-aliado Roberto Soriano, o Tiriça, de psicopata. A declaração do líder do PCC desencadeou uma das maiores crises na história da facção e ele chegou a ser chamado de delator. De parceiros leais, tornaram-se inimigos. O áudio acabou sendo usado no julgamento de 25 de agosto de 2023, que resultou na condenação de Tiriça a mais de 31 anos de prisão pelo assassinato da psicóloga Melissa Almeida Araújo.

Confira o áudio aqui.

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