O ex-diretor do Conjunto Penal de Brumado, capitão PM Cláudio José Delmondes Danda, a diretora adjunta Carol Souza Amorim e mais quatro servidores públicos foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público da Bahia por envolvimento em um episódio de tortura dentro da unidade.
A denúncia foi protocolada na terça-feira (30) com base em investigações realizadas pelo MP, através dos grupos de atuação especial de Execução Penal (Gaep) e de Segurança Pública (Geosp), com o apoio da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Segundo informações do MP, o crime ocorreu em outubro de 2023 contra um detento, que foi submetido a “intenso sofrimento físico, como forma de lhe aplicar castigo pessoal”.
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Os servidores públicos apontados como participantes diretos da ação criminosa são os policiais penais Jamerson Evangelista dos Santos, Jaime Ferreira Santos Júnior e Paulo Sérgio Brito da Silva. Eles teriam atingido o preso com um disparo de bala de borracha na perna e spray de gengibre no rosto, além de terem aplicado golpes com chutes, cotoveladas e pontapés.
De acordo com o MP, o detento ferido só recebeu atendimento médico no dia seguinte ao ocorrido e foi submetido a exame médico legal em 5 de fevereiro de 2024, após solicitação do Ministério Público.
Os promotores de Justiça destacam que tanto o então diretor, capitão PM Cláudio José Delmondes Danda, quanto a diretora adjunta, Carol Souza Amorim, foram informados dos fatos em 30 de outubro de 2023, mas não tomaram nenhuma providência para investigação. Ambos também foram denunciados.
O supervisor operacional da unidade, Alex Santos Ângelo, também foi denunciado por crime de tortura. As investigações indicam que ele presenciou os acontecimentos e apenas registrou no livro de ocorrências que houve a transferência do detento de cela naquela data, sem mais detalhes.