A Polícia Civil de São Paulo indiciou Roger Abdelmassih, de 72 anos, pela suspeita de ter cometido mais crimes de estupro e de manipulação genética irregular contra outras 37 pacientes, entre 1990 a 2008.
Atualmente o ex-médico está detido em Tremembé, interior do estado, por ter sido condenado a pena de 181 anos de prisão por ataques sexuais (estupros, atentado violento ao pudor e atos libidinosos) a também 37 clientes, entre 1995 e 2008.
Para a polícia, somando as vítimas da condenação e as que estão investigadas, Abdelmassih cometeu crimes sexuais e de manipulação genética contra 74 mulheres.
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A reportagem apurou que no relatório final da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) consta ainda o pedido prisão preventiva do ex-geneticista à Justiça “para garantia da ordem pública” – o que significa, se a solicitação for aceita, que ele ficará preso até um eventual julgamento. O inquérito foi concluído em 31 de março para ser encaminhado ao Poder Judiciário
O advogado de Abdelmassih disse que não vai comentar o mais recente indiciamento do cliente. Ao ser interrogado por carta precatória, em 29 de fevereiro, o ex-médico não respondeu nenhuma das perguntas feitas dentro da penitenciária, se reservando ao direito de permanecer calado e só falar em juízo.
A assessoria de imprensa do Ministério Público (MP) foi procurada para informar se alguma Promotoria ofereceu denúncia contra o ex-médico, mas deu retorno. De acordo com o Tribunal de Justiça, “não há informações que possam ser passadas, devido ao Segredo de Justiça.”