Um suspeito de liderar uma facção criminosa em Salvador morreu depois de um confronto com policiais, nesta segunda-feira (5), em Guarujá, no estado de São Paulo. Fábio dos Santos Nascimento, conhecido como “Fabão” e “Jiboia”, era o “Oito de Espadas” do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), ferramenta que reúne informações dos foragidos mais perigosos da Bahia, com o intuito de contar com a colaboração da população para auxiliar na localização dos criminosos por meio de denúncias anônimas.
Segundo a SSP-BA, Fabão era apontado como líder de um grupo criminoso atuante nos bairros de Valéria, Castelo Branco e Vila Canária. Ele foi encontrado por policiais da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia e equipes do 3° Batalhão de Polícia de Choque da Polícia Militar de São Paulo. Durante a tentativa de prisão, o suspeito disparou contra os policiais, que revidaram e o atingiram. Mesmo socorrido, Fabão não resistiu. Com ele foram apreendidos uma pistola, carregador e munições.
De acordo com a SSP-BA, o suspeito possuía três mandados de prisão em aberto e investigações apontam que ele coordenava os “bondes” – grupo formado por criminosos fortemente armados – para atacar traficantes rivais na capital baiana.
A SSP-BA anunciou a atualização do principal cartão do “Baralho do Crime” nesta segunda-feira. O novo “Rei de Copas” é Anderson Souza de Jesus, conhecido como “Buel”, suspeito de ser o principal fornecedor de armas para membros de uma facção que atua em Salvador e região metropolitana. Buel, também conhecido como “Cris” ou “Esquerdinha”, possui um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Investigações do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil indicam que Buel pode estar escondido no estado do Rio de Janeiro. Além de controlar a venda de entorpecentes em várias localidades de Salvador, ele é acusado de ser o mandante de diversos homicídios. A SSP-BA afirmou estar colaborando com as forças policiais do Rio de Janeiro para capturar o foragido.