As ações policiais foram responsáveis por 43% das mortes por armas de fogo no mês de julho, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Fogo Cruzado nesta sexta-feira (9).
No total, ocorreram 153 tiroteios que resultaram na morte de 97 pessoas e deixaram outras 19 feridas em Salvador e Região Metropolitana (RMS), com uma média de três pessoas baleadas por dia.
Dos 97 mortos, 42 foram em ações policiais, como no caso do homem não identificado que foi morto por policiais militares no bairro de Pituaçu em 28 de julho. Segundo a Polícia Militar, uma guarnição da Rondesp/Atlântico estava em ronda quando foi surpreendida por homens armados que dispararam contra os agentes.
As demais mortes, conforme o levantamento, ocorreram em situações como disputas entre grupos armados, tentativas de roubo e homicídios gerais.
Sete pessoas foram mortas em duas chacinas, incluindo uma chacina policial. Três pessoas foram vítimas de bala perdida: uma morreu e duas ficaram feridas. Em julho, o Fogo Cruzado também registrou a morte de uma pessoa por transfobia.
No período, os bairros mais afetados pela violência foram Pernambués, com sete tiroteios e cinco mortos, seguido de Curuzu e Fazenda Grande do Retiro, com sete tiroteios e um morto cada.