Traficantes tratam corpo de adolescente como ‘área de facção’; Polícia prende seis

Por Redação
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A operação realizada ontem pela Polícia Civil resultou na prisão de seis homens suspeitos de matar a adolescente Maria Eloísa Santana de Jesus, de 13 anos. O crime ocorreu um mês atrás, no dia 3 de agosto, no bairro da Fazenda Grande do Retiro.

Com a operação deflagrada, um sétimo homem foi preso em flagrante após a polícia encontrá-lo com armas e drogas. Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos na ação policial.

Segundo informações da Polícia Civil, os suspeitos estavam com mandados de prisão temporária em aberto e foram encontrados na localidade conhecida como “Vila Natal”, no bairro onde o crime aconteceu.

Os presos foram identificados como Matheus Souza de Oliveira, conhecido como “Keno”; Gleidson Santos Silva, o “Gueu do CV”; Renildo de Almeida Matos, o “Loli”; e Helder Leal Ramos, o “APF” (preso em flagrante). Os outros três não foram identificados pela instituição.

Segundo a TV Bahia, as investigações apontaram que a adolescente foi morta na Rua Mello Moraes Filho, perto de uma lanchonete, por integrantes de um grupo criminoso com atuação no tráfico de drogas. O delegado José Nelis explicou a tipificação do crime contra a garota, que não tinha qualquer envolvimento com o tráfico.

“O DHPP pontuou o crime como feminicídio porque nós, na investigação, percebemos que essa jovem e o corpo dela passam a ser área territorial das facções que a disputam”, disse o delegado em entrevista à TV Bahia. Nas imagens, “que não representam nada de anormal”, conforme análise dos investigadores, Maria Eloísa está dançando no momento em que uma pessoa passa e faz um sinal.

“Esses indivíduos faccionados se apropriaram desses símbolos, desses sinais, desses emojis, e chamam a menina e a família para um primeiro julgamento. Ela é conduzida e essa primeira facção faz o julgamento dela. Quando chega a informação de que eles já haviam perdido a área pra outra facção, eles dispensam o julgamento, embora já tenham avisado que ela iria ser morta, e mandam [o caso da jovem] pra segunda facção”, esclareceu o delegado.

A Polícia Civil não especificou qual o sinal feito no vídeo nem quais facções estariam envolvidas no crime. Participaram da operação equipes do DHPP, responsável pela investigação do caso, e pela Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), que prestou apoio tático.

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