Após causar pânico e confusão, Frank Oliveira da Costa, que tentou o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por 18 vezes, prestou depoimento no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), na noite deste domingo (24), em Salvador. Ele foi levado para exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e depois foi liberado.
Na saída da unidade policial, o homem que estava com balas de gengibre presas ao corpo e tinha roupas velhas e duas bananas nanicas na mochila, disse que “há caixa dois” no exame da OAB.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), ele foi autuado com um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), quando não tem potencial ofensivo, pois não foi encontrado nenhum explosivo ou arma com o rapaz.
Ele vai responder crime com base no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais por provocar alarme anunciando perigo existente capaz de produzir pânico ou tumulto. Frank Oliveira pode pegar de 15 dias a seis meses de prisão.
A Unijorge informou por meio de nota que Frank Oliveira da Costa cursou direito há 10 anos na instituição, entre os segundos semestres de 2000 e 2006. De acordo com a universidade, o histórico escolar de Frank é de um aluno de conduta regular, sem qualquer registro de incidente durante o período de curso.
A rendição ocorreu quatro horas após início da confusão e com a chegada do advogado Marcos Melo, que foi contratado pela família do suspeito. Segundo o coronel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Paulo Coutinho, o motivo da ameaça seria o fato de o homem não ter passado no exame anteriormente e estar frustrado.