Um vídeo feito pela Polícia Civil mostra o depoimento da professora de 37 anos presa por matar a filha recém-nascida e guardar o corpo em uma caixa por cinco anos, em Goiânia. Na gravação, a ela dá detalhes de como cometeu o crime, diz que não queria fazer mal à criança. No entanto, descreveu como asfixiou o bebê.
“Na rua, andando, eu não sabia mais o que fazer. Ela começou a chorar. Estava começando a chover. Eu olhava para ela, depois ela dormiu de novo [respira fundo]. Apertei o narizinho dela”, disse. Após isso, ela revelou que teve coragem olhar para o bebê, mas não cessou o ataque. “Segurei e fiquei. Às vezes eu soltava porque eu não queria fazer… Eu cheguei a soltar, inclusive” [delegado pergunta se ele chorou e ela responde positivamente com a cabeça].
No registro, a mulher chora por diversas vezes. Ela é inquirida pelo titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), delegado Douglas Pedrosa. Na sala está também a delegada Ana Cláudia Stoffel, responsável pelo caso. Quando deixou a maternidade com a filha nos braços, a mulher contou que pegou um táxi e parou em uma praça “sem saber o que fazer”. Nesse momento, alegou que não tinha intenção de matar a filha, mas diz que ficou com “medo”.
“Eu não sabia se eu ligava para ele [marido] e falava que eu tinha tido uma filha, que eu não ia fazer nada com ela, que eu não ia dar ela para ninguém que eu não ia ceder minha filha para ninguém, que eu não ia fazer mal para ninguém. Mas eu fique com muito medo e receio, do pavor que eu já estava de tudo, da vida em si, da minha filha ter uma grande decepção comigo, uma enorme decepção”, afirmou. Logo em seguida, a mulher afirmou que tem consciência do que fez, mas que é uma boa pessoa. “Eu sei que feri alguém, mas o senhor pode me perguntar, sou uma excelente mãe e sempre fui”, comentou.
Parto
A mulher deu à luz uma menina em março de 2011. A criança nasceu saudável e, um dia após o parto cesárea, realizado em uma maternidade particular da capital, ela recebeu alta. A mulher contou à polícia que o marido, de quem ela se separou em 2015, era ausente, que viajava muito e não tinha conhecimento da gestação.
“A mãe confessou que, desesperada, com medo que o marido descobrisse a traição, porque ele já tinha feito vasectomia, e sem jeito de levar a criança para casa, asfixiou a menina e guardou o corpo dentro do guarda roupa dela por 20 dias”, disse a delegada Ana Cláudia Stoffel no dia em que a professora foi apresentada à imprensa. O marido já foi ouvido pela polícia e negou que soubesse da gravidez. Ele disse que acompanhou a professora algumas vezes ao médico, mas acreditava que ela estava fazendo um tratamento hormonal.
Audiência
Na quinta-feira (11), a mulher passou por uma audiência de custódia, na qual a Justiça determinou que ela fosse mantida presa. A sessão ocorreu na 7ª Vara Criminal de Goiânia. Segundo a juíza em substituição Wanessa Rezende Brom, que presidiu a audiência, a decisão foi tomada para “garantir a ordem pública, sobretudo em razão da gravidade dos fatos e conveniência da instrução criminal”. A magistrada explica ainda que a professora admitiu os crimes.
“[…] inclusive a própria indiciada confessou a prática do crime de homicídio contra sua própria filha que acabara de nascer por motivo fútil, já que supostamente era fruto de uma relação extraconjugal”, destacou Wanessa.
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