Ataque com fuzis em fuga de 16 presos na Bahia

Por Redação
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As forças policiais na Bahia estão em busca dos 16 presos que fugiram no final da noite de quinta-feira (12), por volta das 23h, do complexo penal de Eunápolis, localizado a 650 quilômetros ao sul de Salvador. Os detentos conseguiram escapar do presídio após um ataque realizado por um grupo de criminosos que estavam armados com armas de grosso calibre, incluindo fuzis. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap).

De acordo com o governo estadual, os homens conseguiram acessar a área do presídio e abrir duas celas. O complexo penal em Eunápolis opera em regime de cogestão entre o estado e a empresa privada Reviver. Os funcionários da empresa foram responsáveis por acionar a Polícia Civil.

“A Seap está colaborando com a polícia civil para fornecer todas as informações necessárias para a investigação e esclarecer as circunstâncias da fuga”, informou o governo.

O presídio abriga um total de 269 detentos, sendo 237 em regime fechado.

A Secretaria da Segurança Pública destacou, em comunicado, que as forças policiais estão atuando de forma integrada e que as circunstâncias da fuga serão apuradas pela Polícia Civil.

O presidente da Reviver, Odair Conceição, em entrevista por telefone à Agência Brasil, mencionou que o ataque ao complexo penal foi marcado por uma violência sem precedentes. Ele afirmou que o incidente foi inédito na Bahia e ressaltou que não há registros de uma fuga organizada com um aparato bélico tão significativo.

Não foram relatados feridos durante a fuga, porém o presidente da empresa lamentou o impacto negativo e o risco que a fuga dos detentos representa para a sociedade. Ele expressou confiança de que os fugitivos serão recapturados em breve e retornarão à prisão.

Odair Nascimento explicou que a área do complexo penal é restrita e possui medidas de segurança, no entanto, os fugitivos utilizaram armas de fogo para abrir caminho. Ele ressaltou que o treinamento dos funcionários da empresa é realizado para lidar com situações de crise como essa.

A empresa conta com aproximadamente 40 funcionários, todos capacitados para enfrentar emergências. O presidente afirmou que a segurança pública reforçou a presença de policiais na unidade como medida preventiva.

Odair Nascimento destacou a parceria de cogestão entre a empresa privada e o estado da Bahia, ressaltando as responsabilidades de cada parte. Enquanto o poder público cuida da execução penal, segurança e classificação de presos, a empresa privada é responsável por fornecer assistência material, social, jurídica e de saúde aos detentos.

“Realizamos a assistência prevista na Lei de Execução Penal, por meio de uma equipe multidisciplinar. São mais de 30 funções desempenhadas dentro da unidade”, explicou.

Entre as atividades realizadas está o monitor de ressocialização, que acompanha o deslocamento dos internos para banho de sol, visitas de familiares e advogados, e atividades de ressocialização. Todas as informações foram fornecidas pela Agência Brasil.

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