O suspeito de envolvimento nas mortes de dois jovens funcionários de um ferro-velho em Salvador, o policial militar Josué Xavier, foi solto após o fim do prazo da prisão temporária. Os corpos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz seguem desaparecidos.
De acordo com a Polícia Civil, um pedido para a manutenção da prisão do suspeito foi feito, mas a instituição não recebeu resposta. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou, por meio de nota, que não pode explicar o motivo do documento não ter sido analisado, pois o caso está sob segredo de Justiça.
A Polícia Militar afirmou que Josué Xavier voltou a fazer parte do quadro da corporação, mas vai atuar no setor administrativo até o fim das investigações. Ele está lotado na 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Paripe.
Além do policial, o gerente do ferro-velho, Wellington Barbosa, conhecido como “Cabecinha”, também foi preso. Ele cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, pois foi diagnosticado com hanseníase, doença que pode atingir a pele e nervos, causando incapacidades físicas.
O desaparecimento de Paulo e Matusalém completou dois meses em 4 de janeiro. Os dois jovens foram vistos pela última vez quando saíram de suas respectivas casas para trabalhar como diaristas no ferro-velho, localizado no bairro de Pirajá.
O dono do empreendimento, Marcelo Bastista da Silva, é considerado suspeito de ser o mandante do crime. Em 9 de novembro, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, mas ele fugiu e está sendo procurado pela polícia.