A Frente Única PCD criticou a ação da Polícia Militar que terminou com a morte do jovem Yure Almeida, de 28 anos, em Acupe de Brotas, essa semana.
O rapaz trabalhava em uma borracharia, tinha deficiência intelectual e foi morto a tiros. Os vizinhos acusaram a PM de ser arbitrária. Já a corporação afirma que Yure foi baleado depois de atirar contra policiais.
A Frente Única PCD é uma organização da sociedade civil que luta por inclusão, No texto, a entidade diz que o rapaz foi perseguido e assassinado “sem lhe oferecer a mínima oportunidade de defesa e constatação da sua condição”.
A nota destaca que não existe pena de morte legal no país e que os policiais deveriam deter o cidadão e encaminhá-lo para delegacia, em caso de suspeitas.
“A morte brutal de um jovem negro, pobre e da periferia, que também era pessoa com deficiência, representa uma afronta inaceitável a todos nós. Esse ato de violência não é apenas um ataque a um indivíduo, mas um ataque a todos os princípios de dignidade, respeito e direitos humanos que deveriam ser garantidos a todas as pessoas. A tragédia que se abateu sobre essa família ecoa em nossas comunidades, ressaltando a urgência de um debate mais profundo sobre a segurança pública e a proteção dos grupos mais vulneráveis”, acrescenta o texto.
A Frente pede que o caso seja investigado com rigor e destaca que não se trata de um fato isolado. “Além disso, convocamos toda sociedade e as organizações de direitos humanos para unirem força na luta por um sistema de segurança que preze pelo respeito à vida e à dignidade de todos(as), independentemente de seu sexo/gênero, cor/etnia, classe social, religiosidade ou condição”.