O suspeito de envolvimento no assassinato de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, foi solto após determinação do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA).
Willian Portugal Brito estava preso desde o dia 17 de julho de 2024, quando foi capturado no Salvador Shopping.
Segundo informações da TV Bahia, a decisão atendeu a um pedido da defesa de Willian, que alegou excesso de prazo da prisão preventiva.
Ainda de acordo com a reportagem, outro argumento utilizado foi de que a acusação faz menção a supostos fatos criminosos que teriam ocorrido em 2017 e ainda não houve denúncia apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Mesmo com a liberdade, o suspeito terá que obedecer a medidas cautelares, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair para bares, festas e restaurantes.
A defesa emitiu uma nota dizendo que a decisão foi “extremamente acertada, porque o Ministério Público da Bahia não tinha condições técnicas de oferecer a denúncia contra o investigado”.
Binho do Quilombo era filho de Mãe Bernadete, que também foi assassinada. O crime contra Binho aconteceu no dia 19 de setembro de 2017. Na época, ele estava de carro próximo a uma escola na Rua Esperança, quando foi abordado por homens em um Fiat Strada, de cor branca. Segundo informações da Polícia Civil, um deles desceu do veículo e atirou várias vezes na direção de Binho.
A vítima tinha acabado de deixar o filho na escola e seguiria para o enterro de uma amiga. Além de liderança quilombola, Binho foi candidato pelo partido Pros a vereador em Simões Filho, em 2016, sendo o 45º mais votado. Ele também tentou o mesmo cargo em 2012.
Mãe Bernadete, também liderança quilombola, foi morta em 2023, dentro de casa, no quilombo onde morava em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ela tinha 72 anos e foi executada com dezenas de tiros.
Ao menos três suspeitos foram presos por envolvimento no assassinato da liderança: um foi capturado com o celular da vítima; outro foi encontrado com armas similares as usadas no crime; e o terceiro seria um dos executores.