Os acusados da morte Kelly Sales Silva, de 22 anos, também conhecida como Kelly Cyclone ou Kelly Doçura, os irmãos Emerson Cosme Anjos dos Santos, o “Miminho”, e Ericson Anjos dos Santos, o “Véio”, foram julgados e absolvidos pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em júri realizado no fórum de Lauro de Freitas, nesta terça-feira (25). Kelly foi assassinada na madrugada de 18 fevereiro de 2011, no centro do município da Região Metropolitana de Salvador, quando voltou de um festival de pagode. Ela era suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e conhecida como “a patroa do tráfico”.
De acordo com a sentença do júri presidido pela Juíza de Direito Penal Jeine Vieira, após pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), ratificado pela defesa, os irmãos acusados do homicídio, foram absolvidos, sob prerrogativa da insuficiência de provas contra os acusados. A sentença destaca: “Decidiu o Conselho de Sentença reconhecer a materialidade, mas negou a autoria delitiva. Em face disso, os jurados julgaram improcedente a denúncia e absolveram os réus Ericson Anjos dos Santos e Emerson Cosme Anjos dos Santos das acusações narradas na denúncia”.
Em conversa com reportagem do Bocão News, o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado (MPE), Davi Gallo, explicou por que o órgão, que é autor do processo, solicitou a absolvição dos acusados. Segundo ele, o MP tem autonomia para pedir absolvição mesmo sendo autor do processo, basta que haja dúvida sobre a autoria do crime. “O MP sempre é o autor. O MP não busca condenação de quem ele não tem certeza. A finalidade do MP é a promoção da Justiça, mesmo que seja pedindo a absolvição”, afirma Gallo.
Na sentença é indicado o arquivamento do processo. “Após trânsito em julgado, oficie-se para as devidas baixas, arquivando-se em seguida”.
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