Dezoito pessoas foram ouvidas pela polícia para contar os detalhes sobre o incêndio e o desabamento parcial da farmácia Pague Menos, em Camaçari, que deixou 10 pessoas mortas e 13 feridas. O acidente aconteceu na quarta-feira (23), na Avenida Getúlio Vargas, centro da cidade.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cinco funcionários e dois clientes, o superintendente de Relações Institucionais da drogaria, Geraldo Gadelha, e o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Maurício Bonfim, estão entre os que foram ouvidos.
Logo após o acidente, a Pague Menos divulgou uma nota em que dizia estar dando apoio às famílias das vítimas. A informação foi reafirmada pelo representante da farmácia, desta vez, para a titular da 18ª Delegacia (Camaçari), Taís Siqueira.
Gadelha afirmou que a empresa se responsabilizou imediatamente por todos os custos com atendimento médico, despesas de sepultamento e traslados, além de assistência psicológica. Segundo ele, no momento do acidente estava ocorrendo um reparo na farmácia. Ele se comprometeu a apresentar toda a documentação necessária sobre o contrato com as empresas, alvarás de funcionamento e vigilância sanitária.
“Estamos diante de um caso complexo. Uma semana após esta tragédia já conseguimos ouvir 18 pessoas, entre elas alguns parentes das vítimas fatais e das que estão feridas. O próximo passo é pegar os depoimentos dos representantes e operários da empresa responsável pelos reparos que feitos na farmácia”, contou a delegada, em nota divulgada pela SSP.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) não concluiu a perícia no local e aguarda a conclusão de alguns laudos. O órgão também fará o exame de DNA para identificar a última vítima da tragédia que ainda não teve o corpo sepultado. Idália Simão, 58 anos, estava comprando um remédio para o marido quando o incêndio começou.
Segundo o DPT, não foi possível fazer a identificação oficial do corpo pela arcada dentária da vítima e será preciso um exame de DNA para fazer o reconhecimento. O órfão fará a coleta de sangue e saliva dos familiares de Idália e não há previsão de quando o exame será concluído.