Cerca de quatro quilos de cocaína com pureza de até 99 por cento, conhecida como nine-nine, uma balança de precisão e a quantia de R$ 2 mil foram apreendidos, nesta segunda-feira (6), por equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), na residência de um jovem identificado como Cleiton Francis Martins Kuchle, de 29 anos, que em depoimento disse que esperava conseguir cerca de R$ 70 mil reais com a droga.
O entorpecente estava escondida dentro de uma das paredes do imóvel, localizado em um condomínio no bairro de Piatã, como explicou a delegada Andrea Ribeiro, coordenadora da Coordenação de Narcóticos do Draco, durante coletiva à imprensa, na tarde de hoje: “Nossa equipe percebeu que o gesso havia sido colocado há pouco tempo. Ao forçar, encontramos a balança e a nine-nine”.
O casal, Adriana Paranhos Oliveira, 37, e Alexsandro Rocha dos Santos, 40, que possuíam mandados de prisão preventiva em aberto, também foi preso durante a operação, que visava desarticular uma quadrilha que age nos bairros de Pau da Lima, Sete de Abril, Castelo Branco e Valéria. De acordo com investigações, Adriana, que é tia de Cleiton, era a responsável pelo armazenamento e Alexsandro pelo transporte da droga.
Em depoimento, Cleiton disse que adquiriu cada quilo de cocaína por R$ 17 mil, mas presumia, depois de vendê-las, alcançar algo em torno de R$ 70 mil. Ele disse também que faturava cerca de R$ 40 mil por mês com o tráfico e que era responsável em fazer as entregas para os clientes, num serviço semelhante ao de delivery. A droga foi encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), para a perícia, e os presos para o sistema prisional.
Ao todo, foram vinte mandados de busca e apreensão cumpridos nos bairros da Liberdade, Castelo Branco e Piatã. O Draco ainda procura pelo líder da quadrilha, Rogério Reis dos Santos, o Pretinho, e seus comparsas. “A prisão desses integrantes é um importante passo para encontrar e prender os demais. Qualquer informação sobre o paradeiro de Pretinho pode ser passada ao Disque Denúncia, por meio do telefone (071) 3235-0000”, enfatizou a delegada.