Padre Gilmar Assis quebrou o silêncio e disse que foi avisado sobre o áudio na madrugada de domingo (4). “Um membro da comunidade veio falar comigo pelo WhatsApp e avisou sobre o áudio, dizendo que era injustiça. Eu escutei e tomei um susto. Eu não conheço a pessoa que falou no áudio. Até porque pelo tempo que estou aqui nem sei o que dizer”, disse Gilmar.
“Tá sabendo que agora em Serra Preta na paróquia botaram um padre, um ‘negão embaçado’? Não é porque é negão não, mas pense num padre burro, num animal.”, diz um trecho do áudio que foi compartilhado em um grupo do aplicativo whatsapp.
Ele ainda não sabe se irá procurar a polícia para registrar uma ocorrência sobre o conteúdo do áudio compartilhado. “Ainda estou digerindo a informação e pedindo força a Deus. Estou pedindo a Deus sabedoria e discernimento para dar continuidade à minha história, que é muito mais do que esse áudio”, defende.
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Ele também conta que, além das manifestações nas redes sociais, tem recebido apoio da comunidade da cidade. “Vi muitos prestando solidariedade, mas ainda estou cercado de oração e pedindo força para dar continuidade à minha caminhada”, conta o padre.
A prefeitura de Serra Preta divulgou uma nota de repúdio sobre as ofensas sofridas pelo padre no sábado (3). “Prestamos nosso apoio e solidariedade ao Padre Gilmar, que tem desempenhado seu papel com o máximo de dedicação e responsabilidade para com os fiéis católicos de Serra Preta. Não aceitamos qualquer tipo de preconceito e reafirmamos que ele é muito bem-vindo em nossa comunidade. Desejamos sucesso na sua caminhada, que seja longa e de sucesso em nosso município”, afirma o comunicado.
Gilmar é conjacuipense e já atuou em Conceição do Jacuípe e na cidade de Feira de Santana. Atualmente, em Serra Preta, ele celebra missas em três igrejas da cidade e mais 40 comunidades da região, e ainda é professor de filosofia de uma faculdade particular na cidade.
Ouça a gravação:
https://www.youtube.com/watch?v=49jYXs9w_Io
Do Bahia Politica