As ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro, anunciadas nesta semana pelo governo federal, serão feitas de surpresa, sem aviso prévio. A informação é do ministro da Defesa, Raul Jungmann.
“Vamos atuar com efeito surpresa, então todas as informações são sigilosas. O conceito dessa operação não é a clássica GLO [Garantia da Lei e da Ordem]”, disse o ministro à Agência Brasil.
Atualmente, o uso das Forças Armadas deve se autorizado por meio de decreto presidencial, para a Garantia da Lei e da Ordem. A Constituição Federal permite que as Forças Armadas, por ordem presidencial, atuem em ações de segurança pública em casos de grave perturbação da ordem e quando o uso das forças convencionais de segurança estiver esgotado.
Na última quinta-feira (21/7), o governo anunciou que as Forças Armadas serão acionadas na cidade em função do Plano Nacional de Segurança, fase Rio de Janeiro, que irá até o fim de 2018. De acordo com Jungmann, as tropas poderão ser usadas quando houver necessidade.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública já enviou 1 mil agentes ao estado, sendo 620 da Força Nacional e 260 da Polícia Rodoviária Federal, para reforçar o efetivo do estado. Outros 120 agentes da PRF devem chegar na próxima semana. Segundo o ministério, esses agentes participam, ininterruptamente, de operações na capital e interior, em parceria com os órgãos locais de segurança pública.
Nos próximos dias, será montado no Rio de Janeiro um gabinete de inteligência, no qual oficiais graduados do Exército, Marinha e Aeronáutica trabalharão em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com a Polícia federal e outros órgãos de segurança pública estaduais e municipais. Segundo o Ministério da Defesa, o objetivo é colher informações e dar comandos baseados nos dados obtidos.