A quadrilha presa suspeita por adquirir ampolas de botox e anabolizantes irregularmente movimentou cerca de R$ 1 milhão. Foi o que informou a Polícia Civil durante apresentação do grupo na tarde desta segunda-feira (21/8). De acordo com as investigações, eles utilizavam nomes e registros de três médicos de Salvador para a compra.
Alisson Souza de Araújo, Flávio dos Santos Fraga, Flávia Peçanha Martins de Cavalcanti e Geniff Loise Batista Coutinho, foram presos, na sexta-feira (18/8), por equipes do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP).
Foram apreendidas 367 ampolas contendo botox de diversas marcas, 405 micro agulhas para aplicação do produto, ampolas contendo anabolizante, diversos aparelhos para rejuvenescimento facial, carimbos, receituários e cartões de crédito com os nomes dos médicos. Todo material estava nas residências dos presos, em diferentes bairros da cidade.
Segundo a delegada Glória Isabel Ramos, as investigações começaram há seis meses, quando um dos médicos procurou a polícia para denunciar que estava sendo cobrado por uma distribuidora sobre a compra de ampolas de botox que não havia feito. As receitas apreendidas eram utilizadas na compra de anabolizantes, também revendidos.
A delegada informou ainda que os investigadores chegaram a morar em um apartamento, no bairro Jardim Armação, para monitorar a quadrilha. Maria Ledaiane Andrade Cruz, outra envolvida no esquema criminoso, foi liberada pela Justiça, por estar amamentando seu bebê de quatro meses, e não participou da apresentação.
Durante as investigações, o DCCP descobriu que Alisson e Flávio eram os responsáveis por efetuar a compra pela internet das caixas de botox, com valor médio de R$ 600, de fornecedores de diversos Estados. Geniff era a responsável por receber e guardar a mercadoria em sua residência, em Armação. Já Flávia e Maria ficavam responsáveis por oferecer os produtos a clínicas de estética e também para pessoas físicas por até R$ 2 mil.
De acordo com a legislação, a venda de botox só pode ser feita diretamente aos profissionais de medicina ou odontologia, com o uso do registro profissional. Segundo a Polícia Civil, o próximo passo da investigação é apurar se as pessoas que adquiriram os produtos sabiam que se tratava de um esquema criminoso. Alisson, Flávio, Geniff, Flávia e Maria foram autuados em flagrante por associação criminosa e falsificação de documento particular.
Por Aratu online