O Comando Militar do Leste (CML) informou que vai investigar o uso de lenços de caveiras por alguns soldados das Forças Armadas durante operação na Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, o uso da balaclava na cores preta e azul-ferrete está previsto nos regulamentos de uniforme das Forças Armadas, já o uso de peças com nomes, inscrições ou desenhos, como o de caveira usado por militares, são proibidos.
Além de soldados do Exército, fuzileiros navais do grupo Comandos Anfíbios foram vistos usando lenços que mais parecem máscaras de personagens de filme de terror, a maioria com desenhos de caveiras.
A peça retrata bem o clima de tensão que moradores da comunidade vêm enfrentando. No entanto, de acordo com soldados, o lenço — também chamado de buff — não é utilizado para amedrontar ainda mais a população. Eles alegam que o acessório, feito de poliviscose, ajuda a protegê-los do sol e seca rapidamente o suor sem prejudicar a respiração.
Em maio, imagem dos homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) usando keffiyeh, tradicional lenço “palestino”, para cobrir o rosto durante uma operação realizada no Complexo do Alemão, chamou a atenção. Feito de algodão, ele substitui a balaclava, mais conhecida como touca ninja, por ter mais proteção contra a poeira e a excessiva exposição solar. O acessório foi implementado ao uniforme da corporação, em 2015, quando o Bope passou a usar a farda verde camuflada em região de favelas cercada por mata