Três dos seis PMs envolvidos na morte do artista Nadinho são afastados

Por Redação
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Três dos seis policiais militares envolvidos na morte do artista plástico Manoel Arnaldo Filho, conhecido como Nadinho, de 61 anos, no município de Candeias, região metropolitana de Salvador foram afastados das funções até a conclusão do inquérito. Segundo a Polícia Militar, eles serão acompanhados pela equipe de psicologia da corporação. O inquérito tem o prazo de 60 dias para ser concluído.

Manoel Arnaldo Filho, de 61 anos, conhecido como Nadinho, foi morto a tiros dentro da casa onde morava, no bairro do Santo Antônio, em Candeias, região metropolitana de Salvador, durante uma ação da Polícia Militar, na noite do último sábado (21), no bairro do Santo Antônio. Segundo testemunhas, uma guarnição da 10ª Companhia Independente da Polícia Militar (10ª CIPM) teria invadido a casa do artista e efetuado os disparos contra a vítima que estava desarmada.

Versão da PM

De acordo com a PM, em nota enviada a imprensa, a guarnição foi até o bairro do Santo Antônio, por volta das 20h, após receber “um chamado através do Centro Integrado de Comunicação (CICOM) informando que um homem havia invadido uma residência”.

Os policiais militares informaram, em depoimento, que o “homem que apareceu em uma das janelas recepcionou os policiais empunhando e apontando uma arma de fogo contra os integrantes das guarnições e, segundo o relato dos próprios policiais, teria acionado duas vezes a tecla do gatilho da arma, mas a munição teria falhado. Frente a iminente ameaça, os policiais alvejaram o homem com dois disparos, um atingiu o braço e outro o tórax”.

Ainda segundo a PM, “a arma utilizada pelo homem e apreendida após a ocorrência era um revólver calibre 32 com seis cartuchos, sendo dois percutidos e não deflagrados e quatro intactos”.

Ainda segunda a nota, a Polícia Militar informou que um inquérito Policial Militar foi instaurado e que a Corregedoria está apurando o caso. O inquérito tem o prazo de 40 dias para ser concluído.

Protesto

Os moradores de Candeias realizaram na manhã desta segunda-feira (23), uma manifestação em frente a 20ª Delegacia Territorial, contra a morte do artista plástico. O grupo seguiu em caminhada pela BA-522, até a sede do batalhão da 10ª Companhia Independente da Polícia Militar, (10ª CIPM). “Mataram um inocente que não tinha envolvimento com o crime. A gente quer se faça justiça”, disse um dos moradores.

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