Em balanço, SSP-BA celebra nenhum registro de morte violenta nos circuitos do Carnaval

Por Redação
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Foto: Vitor Barreto/divulgação SSP

O Carnaval de Salvador 2020 chegou ao fim sem registros de morte violenta nos circuitos da folia momesca. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (26/2) durante a apresentação do balanço da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Segundo o secretário de segurança pública, Maurício Barbosa, apesar do incidente com arma de fogo na última segunda-feira (24/2), houve um avanço.

“O caso mais grave foi o disparo de arma de fogo, na noite da última segunda-feira, ele (o suspeito) tinha tornozeleira, estamos vendo quais as restrições que ele tinha. É um avanço, e superou as expectativas”, disse.

Ainda de acordo com o balanço, houve uma redução de 70% das tentativas de homicídio ( três casos esse ano comparados aos 10 de 2019).  Os números divulgados ainda revelam que 40 homens e duas mulheres foragidos da Justiça foram capturados com o auxilio do Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança.

Conforme o órgão, os suspeitos flagrados possuíam ordem judicial de prisão. Dois deles por envolvimento em homicídios, 13 relacionados a tráfico de drogas, 14 procurados por roubos, três ligados a furtos, entre outros casos. Em todos os casos, o sistema apontou mais de 90% de semelhança. Os suspeitos foram submetidos ao processo de identificação humana por meio do recurso do Face Check (foto da palma da mão e comparação das impressões digitais), ferramenta usada em fase de teste.

“O Carnaval de 2020 confirma o nosso pioneirismo no uso de tecnologia de ponta em grandes eventos. Começamos na festa do ano passado, com o Reconhecimento Facial e tivemos um preso. Na Micareta de Feira alcançamos 33 foragidos e agora, encerramos a folia de Salvador com 42 capturados”, comemorou Maurício Barbosa.

O sistema de reconhecimento facial promoveu também, a contabilidade mais próxima da realidade do número de pessoas nos circuitos Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Centro) e Batatinha (Centro Histórico).

NÚMEROS

O sistema ainda, registrou uma grande migração do público para o circuito orla. Entre a quinta-feira (20/2) e a quarta-feira de cinzas (26/2) houveram 11,7 milhões de foliões curtindo a festa. Desses, 6,9 milhões se concentraram nos bairros da Barra e Ondina. No circuito Osmar (Centro) foram 3,4 milhões e no Batatinha (Centro Histórico) 1,4 milhões pessoas.

“Se pegarmos o número geral de público e fizermos uma conta proporcional à quantidade de ocorrências, temos 0,003% de vítimas de delitos. É muito pouco levando em consideração uma festa de rua, com locais apertados, uso excessivo de álcool e, em alguns casos, de drogas ilícitas”, comentou Barbosa. Nesses seis dias de festa, 3.110 pessoas foram conduzidas aos postos e 52 acabaram presas em flagrantes. Cinco armas brancas foram apreendidas. Casos de importunação sexual foram registrados nove vezes, homofobia uma, de racismo duas, 157 roubos (em 2019 foram 121), 1.090 furtos (891 em 2019) e 120 lesões corporais (118 em 2019).

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