Tia de Lázaro diz que esperava morte do sobrinho

Por Redação
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foto: Xico Lopes/TV Aratu

A família do baiano Lázaro Barbosa, morto após confronto com a polícia em Goiás, ainda busca entender os motivos que levaram o homem a ser um dos mais perigosos do país. Nesta terça-feira (29/6) – um dia depois do final da caçada -, a tia do criminoso, Marinete de Souza, conversou com o repórter do Grupo Aratu, Xico Lopes.

A lavradora relembrou o pouco contato que tinha na infância com o menino e fez um desabafo no final. “Da infância, a convivência foi pouco. Ele ficava com a mãe em Barra do Mendes [cidade onde Lázaro nasceu] e eu vinha para cá”, disse, se referindo à Colodian, pequena comunidade da zona rural do município.

O baiano era acusado de pelo menos 30 crimes, nos estados da Bahia, Goiás e Distrito Federal. Em um deles, dizimou uma família inteira. Após os 20 dias e mais de 200 policiais nas buscas, o homem foi morto com mais de 30 tiros após descarregar uma pistola contra as forças policiais, segundo a Secretaria da Segurança Pública goiana.

“Foi triste, muito trite. Às vezes falo pouco com a mãe dele. Às vezes passo mensagem para ela e não responde. Ela tá arrasada mesmo. Me disseram que era seria hospitalizada”, disse Marinete.

Sobre a ação que resultou na morte, a lavradora desabafou. “Já estava esperando isso, só que isso não era do meu gosto. Queria que pegasse ele, nem que depois fizessem o que quisessem, para contar o motivo de ele ter feito isso. Queria ter um desabafo com ele, entender o motivo de ele fazer isso”, relatou.

CAÇADA 

Lázaro passou a ser procurado nacionalmente desde o dia 9 de junho, quando invadiu uma casa e matou um pai de família e seus dois filhos. A mãe foi sequestrada e violentada. O corpo dela só foi encontrado dias depois.

Após o início das buscas, Lázaro também invadiu propriedades, fez reféns, e atirou em três pessoas, além de um policial. Lázaro ainda teria ateado fogo em uma das casas pelas quais passou e roubado um carro.

Além disso, aforça-tarefa investigava um perfil falso em uma rede social, que teria sido criado pelo criminoso para acompanhar as buscas por ele e, dessa forma, teria conseguido escapar pelos últimos 20 dias de caçada.

Quatro helicópteros e cerca de 10 drones, inclusive aparelhos com visão noturna e sensor de calor, auxiliaram os 270 policiais que participavam das buscas pelo fugitivo.

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