A administradora Gabriela Jardim Peixoto, 35 anos, encontrada morta na tarde de sábado (28), em Feira de Santana, estava há quatro anos com o suspeito do crime, o médico Antônio Marcos Rêgo Costa. Câmeras de segurança de um posto da cidade flagraram a vítima na companhia do médico, na tarde de domingo (22) – dia em que Gabriela desapareceu.
Após seis dias de buscas, familiares reconheceram o corpo dela em uma área de mata, às margens da BR-116, no sábado. Ela estava descalça e sem as roupas da cintura para cima. O cadáver, já em estado de decomposição, vestia apenas uma calça jeans. O carro da administradora, modelo Honra HR-V, havia sido encontrado Avenida Presidente Dutra, dias antes.
Titular da 1ª Delegacia Territorial (DTE), a delegada Klaudine Passos Silva, responsável pelas investigações, confirmou ao Metro1 que o médico é suspeito do crime e ainda não foi ouvido porque não se encontra na cidade. A delegada afirma que o caso pode se confirmar como um feminicídio.
“Não descartamos nenhuma hipótese. Desde o início das investigações, as pistas já apontavam para esse desfecho [morte]. No sábado, fizemos uma varredura na mata e a encontramos”. A delegada afirmou que a investigação está 90% concluída e consistiu no testemunho das pessoas que estiveram com o casal no dia do desaparecimento. “Estamos na fase do pedido das medidas cautelares e eu não vou dar maiores detalhes para preservar o inquérito”.
Gabriela foi enterrada na manhã de domingo (29), no município de Piatã, na Chapada Diamantina. Devido ao estado do corpo, não houve velório. Pai da filha da vítima, o administrador Osvaldo Peixoto disse à reportagem que a filha do casal, uma garota de 12 anos, já foi informada da morte da mãe. Ele, que foi casado com Gabriela por dez anos, comentou que a notícia arrasou a família, que agora concentra esforços para acolher a menina.
“Minha filha morava com ela em Feira. Assim que a mãe sumiu, me ligou chorando, sentindo falta. Fui imediatamente até lá. Infelizmente, veio essa confirmação. Graças a Deus, nós criamos uma filha de um jeito muito saudável e ela me surpreendeu, está lidando com tudo com muita maturidade”, diz ele, que estava separado de Gabriela há quatro anos.
Quatro anos, segundo Osvaldo, era o tempo que a ex-mulher tinha de um relacionamento com o médico clínico Antônio Marcos. À reportagem, ele conta que não sabe detalhes de como era o relacionamento do casal. Já a própria relação com a ex-mulher, reforça, era amistosa. “Uma pessoa muito querida, uma amiga mesmo”. A filha do casal foi trazida para Salvador, onde está aos cuidados da família do pai.
Ainda segundo Osvaldo, no atestado de óbito de Gabriela consta a morte com “causa indeterminada”.
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