A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) iniciou uma operação, nesta terça-feira (31), para investigar sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, cometidos por um grupo empresarial do setor de comércio atacadista de materiais de construção.
A operação cumpre 18 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Ilhéus, no sul da Bahia, e os outros sete em Salvador. De acordo com a Sefaz, a estimativa é que o grupo tenha sonegado cerca de R$ 11 milhões em impostos. O nome do grupo empresarial não foi divulgado.
A Justiça determinou o bloqueio de bens do grupo e dos sócios, para garantir o pagamento dos valores sonegados. A secretaria detalhou que os R$ 11 milhões sonegados foram por meio de operações fraudulentas.
O grupo empresarial comprava ferro como se fosse o consumidor final, para evitar pagar os impostos para empresas. Depois disso, o material era revendido. As investigações apontam também que “laranjas” eram usados no quadro de sócios das diversas empresas criadas, para atuar na compra e venda do ferro, para a construção civil.
O grupo também usava Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) falsos. A Sefaz também detalhou que as empresas desse grupo eram enquadradas irregularmente pelo regime do Simples Nacional, que é um sistema de tributação para micro e médias empresas.
A operação foi batizada como “Corações de Ferro”. Além da Sefaz, participam também da operação o Ministério Público do Estado da Bahia, a Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD/Dececap/Draco), da Secretaria de Segurança Pública e pela Companhia Independente de Polícia Fazendária da Polícia Militar (Cpifaz).