“Bolsonarismo está vivo, mas vamos derrotá-lo”, diz Lula em Portugal

Por Redação
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Lula durante evento em Portugal na manhã deste sábado, 19 – Foto: Reprodução | Facebook

Durante encontro com a comunidade brasileira no Instituto Universitário de Lisboa, em Portugal, na manhã deste sábado, 19, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que “a ignorância do bolsonarismo ainda está viva” ao falar sobre sua vitória nas urnas contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito deste ano.

“A democracia não é um pacto de silêncio. Mas quem foi derrotado agora não soube perder e terminou em um processo que a gente não conhecia no Brasil: a violência da extrema direita. A gente derrotou o Bolsonaro e ganhou as eleições, mas o bolsonarismo está vivo. Mas vamos derrotá-lo sem utilizar os métodos que utilizam contra nós“, afirmou.

Em outro trecho do discurso, Lula também falou sobre os “ataques” que teria sofrido durante a corrida eleitoral e disse que o método repetiu a estratégia que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump usou, sobretudo nas redes sociais.

“Vocês sabem da fábrica de mentiras que foi nas eleições de 2022, que começou com o Trump nos Estados Unidos e encrustou como se fosse um marisco aqui no Brasil nas costas dessa coisa chamada Bolsonaro”, apontou o presidente.

Ao lado de sua esposa, Janja, e do ex-ministro Fernando Haddad, o petista ainda comentou que seu governo “tem que ter responsabilidade fiscal”. Contudo, ele voltou a defender investimentos públicos em áreas específicas da administração pública.

“Nós sabemos que temos que ter responsabilidade fiscal, nós sabemos que não podemos gastar mais do que a gente ganha. Mas nós sabemos também que a gente pode gastar para fazer alguma coisa que dê rentabilidade para fazer o país crescer”, disse o presidente eleito.

A fala de Lula teve cerca de 30 minutos. Este foi o último compromisso do petista após a primeira viagem internacional como presidente eleito. Ele retorna ao Brasil neste sábado após ter uma semana com agendas na COP27, a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), e reunião com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

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