Novo comandante da PM, coronel Anselmo defende ‘polícia cidadã’

“Acredito na polícia cidadã e vamos contar com cada militar para garantir a segurança da população da Bahia”, disse o coronel.

Uma PM cidadã, que estabeleça canal aberto entre oficiais e praças, e que se aproxime da população. Foi a partir desses objetivos que o novo governador, Rui Costa, escolheu o coronel Anselmo Brandão, 52 anos, para assumir o comando-geral da Polícia Militar.

Tido como um homem de diálogo e de métodos modernos, o coronel Anselmo ultimamente atuava como comandante do Policiamento Regional Atlântico de Salvador.

No site da PM, o coronel Anselmo também aparece como presidente do Núcleo Espírita da PM. O novo comandante se mostrou entusiasmado com a missão de aproximar a PM dos cidadãos e fortalecer as Bases Comunitárias de Segurança.

“Acredito na polícia cidadã e vamos contar com cada policial militar para garantir a segurança da população da Bahia”, afirmou através de nota da Secretaria de Comunicação Social. A transmissão de cargo do atual comandante, coronel Alfredo Castro, para o coronel Anselmo deve acontecer até sexta-feira. Nascido em Juazeiro, Anselmo Brandão tem 32 anos de PM.

Ele foi comandante da Academia de Polícia Militar, esteve à frente do 18º Batalhão (Centro Histórico) e coordenou a implantação do programa federal Território de Paz na 23ª Companhia Independete de PM (CIPM/Tancredo Neves). Também comandou a 11ª CIPM (Barra) e a 10ª CIPM (Candeias). Por seis anos, assumiu o posto de ajudante de ordem do presidente do Tribunal de Justiça.

Em 2014, dedicou-se ao comando do Policiamento Regional Atlântico de Salvador. O perfil do novo comandante como um homem de diálogo e que aproxima a polícia das comunidades foi confirmado por João Apolinário da Silva, professor do mestrado em Segurança Pública da Ufba e presidente da Agência Brasileira em Análises Criminais.

“Uma indicação muito acertada. Anselmo é um coronel jovem, que entende de tecnologia, atento aos avanços, com discurso atual, nem um pouco retrógrado”, explicou Apolinário. “A lisura de sua carreira, sem envolvimento com disfunções, também impressiona. Seu maior desafio é criar uma unidade corporativa, resgatar o espírito de corpo da tropa”, afirmou Apolinário.

“Um homem justo, sensato e dinâmico. Pune quando tem que punir e dialoga quando tem que dialogar. Rui Costa foi feliz”, disse o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros Militares da Bahia (Aspra), Fábio Brito. É aguardado para os próximos dias o anúncio do nome do delegado-geral.