Confronto após assassinato de agente federal em Salvador deixa 9 suspeitos mortos

Por Redação
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Foto: Alberto Maraux

Nas últimas horas, duas ações policiais resultaram na morte de mais dois suspeitos envolvidos no confronto que resultou na trágica morte do agente federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, de 42 anos, na sexta-feira (15) no bairro de Valéria, Salvador. Com essas mortes, o número total de suspeitos mortos em confronto com a polícia sobe para nove, além de uma prisão registrada até o momento.

Uma das operações ocorreu no bairro de Periperi, quando a 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) realizava patrulha na Rua Novos Unidos após receber denúncias sobre a presença de um dos suspeitos envolvidos no confronto na área, acompanhado de outros comparsas. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com os suspeitos, resultando em um confronto. Um dos suspeitos foi atingido, recebeu socorro, mas infelizmente não resistiu. Com ele, as autoridades apreenderam um revólver calibre 38 e munições.

A segunda operação ocorreu no bairro da Palestina, onde policiais da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil e do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal localizaram outro suspeito. Ao tentar realizar sua prisão, o suspeito atirou contra a equipe policial, resultando em sua própria morte. Na revista, foram encontradas uma pistola calibre 9mm com carregador alongado e munições.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que, nas últimas 72 horas, as operações integradas contra a facção envolvida no confronto em Valéria resultaram na localização de armas de fogo, incluindo três fuzis, uma carabina, uma submetralhadora, três pistolas, um revólver, carregadores, munições, rádios comunicadores e peças de veículo roubado.

A operação que culminou nesses confrontos teve início na sexta-feira (15), na região de Valéria, quando o agente federal Lucas Caribé e quatro suspeitos foram mortos. Além disso, dois outros agentes, um federal e um civil, ficaram feridos durante a ação.

O agente federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida foi socorrido juntamente com os outros dois agentes para o Hospital Geral do Estado (HGE), porém não resistiu aos ferimentos. O policial civil Vockton Carvalho Freire passou por cirurgia no olho e segue internado em observação, enquanto o outro agente federal ferido foi liberado ainda na sexta-feira.

Segundo a SSP-BA, os quatro homens que morreram na sexta-feira são suspeitos de fazerem parte do grupo criminoso que trocou tiros com os policiais. Dois deles faleceram durante o tiroteio, e os outros dois, horas depois, em uma região de matagal entre os bairros de Valéria e Rio Sena, durante a fuga.

Nos dias seguintes, outras operações resultaram nas mortes de suspeitos envolvidos no confronto. As polícias Militar, Civil e Federal continuam trabalhando em ações de inteligência contra as facções criminosas. Informações sobre os criminosos que atuaram no confronto em Valéria podem ser repassadas de forma anônima através do telefone 181, o Disque Denúncia da SSP.

As forças policiais que participaram da operação na sexta-feira foram surpreendidas pela presença de integrantes de grupos criminosos que estavam prestes a entrar em confronto na região. Um dos suspeitos mortos no confronto foi identificado como Uélisson Neves Brito, conhecido como “Cara Fina” e figurava na lista do Baralho do Crime da SSP-BA. Os nomes dos outros três suspeitos não foram divulgados pela secretaria.

De acordo com informações da TV Bahia e do portal G1, a situação começou quando integrantes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) planejavam uma ação contra o grupo criminoso que atua na região. No entanto, ao chegarem ao bairro, os policiais se depararam com integrantes de outro grupo que pretendia retomar a área. O confronto entre as forças policiais e os suspeitos, que estavam fortemente armados, resultou na tragédia que abalou a comunidade. Durante uma coletiva para apresentar o resultado da operação, o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, explicou a situação, lamentando a morte do agente federal e os ferimentos dos demais policiais envolvidos no confronto.

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