Inquérito de importunação sexual de Tiririca vai à Câmara, diz SSP

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou nesta quinta-feira (7) que encaminhará para a Câmara dos Deputados o inquérito de importunação sexual contra o deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como Tiririca (PL), de 58 anos.

Ao chegar na Câmara, o inquérito será analisado pelo corpo jurídico da Secretaria-Geral da Mesa e poderá ser encaminhado para o Conselho de Ética da Casa. Este conselho é responsável pelo processo disciplinar destinado à aplicação de penalidades em casos de desrespeito às normas referentes ao decoro parlamentar.

Desde a manhã desta quinta-feira, a reportagem tentou contato com a assessoria de Tiririca, porém não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria.

A acusação contra Tiririca foi feita por um prestador de serviço de 39 anos. Segundo consta no boletim de ocorrência, o homem relatou que estava realizando serviços de manutenção na portaria de um condomínio, quando um desconhecido, acompanhado de uma mulher, se aproximou e o tocou nas nádegas sobre a calça.

O incidente teria ocorrido na manhã da última quinta-feira (29), em um edifício localizado na rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. O boletim de ocorrência foi registrado na noite de segunda-feira (4) e as autoridades realizaram diligências para esclarecer os fatos.

O homem afirmou ter se sentido humilhado, pois as pessoas presentes no local, incluindo seguranças e outros prestadores de serviço, riram da situação. Foi somente depois que a vítima ficou sabendo que o indivíduo que o importunou era o deputado Tiririca. Por orientação de uma advogada, ele decidiu registrar o boletim de ocorrência.

O caso foi registrado no 27º DP (Campo Belo) e encaminhado à 2ª Delegacia Seccional.

Conhecido pelo slogan “Vote por Tiririca. Pior que tá não fica”, o humorista, famoso por sua música “Florentina”, foi o candidato mais votado do país em sua primeira eleição, em 2010, com 1.353.820 votos. Em 2022, ele recebeu 71,7 mil votos e foi reeleito graças ao quociente partidário.

Tiririca atribuiu a redução de votos à mudança de seu número nas urnas. Após quatro eleições com a sequência 2222, o número foi cedido, em 2022, a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também disputou os votos dos paulistas naquele ano.

Dessa forma, o inquérito contra Tiririca por importunação sexual será enviado à Câmara dos Deputados, como informou a SSP.

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