Bruno Borges França, de 43 anos, foi encontrado pela polícia na Avenida Nóide Cerqueira, em Feira de Santana, após estar foragido. Tanto o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) quanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitaram os pedidos de soltura feitos pela defesa do acusado.
A Polícia Federal afirmou que França era um dos operadores financeiros da organização criminosa liderada por Binho Galinha. Ele teria atuado como laranja da organização, recebendo grandes quantias de dinheiro transferidas pelos outros membros e tentando ocultar a origem ilícita dos valores. A polícia destacou que o suspeito possuía a confiança de Binho Galinha e recebia um salário de R$ 3,5 mil na Assembleia Legislativa da Bahia.
O mandado de prisão preventiva foi emitido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana e, durante a prisão, um aparelho celular de França foi apreendido para ser periciado pela equipe de investigação.
Binho Galinha, apontado como líder de um grupo miliciano ativo na região de Feira de Santana, teve a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) aceita pela Justiça. A organização é acusada de lavagem de dinheiro no jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada, movimentando cerca de R$ 100 milhões ao longo de uma década.
Em uma operação anterior chamada El Patron, seis pessoas foram presas preventivamente, incluindo o filho e a esposa de Galinha, João Guilherme Cerqueira e Mayana Cerqueira. Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas pelo MP-BA, e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias dos investigados, além do sequestro de 26 imóveis e a suspensão de atividades econômicas de seis empresas vinculadas ao grupo.
Após um período longe dos holofotes, Binho Galinha compareceu à Assembleia Legislativa da Bahia para participar da eleição para conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. O deputado estadual Paulo Rangel venceu a votação, que foi secreta.
A ação da polícia e do Ministério Público evidencia o combate incansável contra organizações criminosas que atuam de forma ilícita e prejudicial à sociedade. A Justiça segue vigilante na aplicação das leis e na punição dos envolvidos em crimes dessa natureza.