Os integrantes da banda New Hit acusados de estuprar duas adolescentes na cidade de Ruy Barbosa, em 2012, foram condenados, cada um, a mais de 11 anos de prisão. A sentença foi publicada nesta quarta-feira, 6, pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Crime de Ruy Barbosa.
Alan Aragão Trigueiros, Carlos Frederico Santos de Aragão, Edson Bomfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Wenslen Danilo Borges Lopes e Willian Ricardo de Farias receberam a condenação de 11 anos e oito meses de reclusão, inicialmente em regime fechado.
Segundo a sentença, “os acusados se encontram em liberdade, tendo acorrido a todos os chamamentos que a eles foram endereçados, razão pela qual, à míngua dos motivos autorizadores da custódia cautelar, concedo-lhes a benesse de aguardarem em liberdade o trânsito em julgado da sentença”.
A polícia ouviu, durante o processo, as duas vítimas, os dez acusados, 12 testemunhas arroladas pela acusação, por meio do Ministério Público, e 53 testemunhas de defesa.
Relembre o caso
Na noite do dia 26 de agosto de 2012, os integrantes e o segurança da banda foram acusados de estupro coletivo após se apresentarem em um show no município de Ruy Barbosa.
As vítimas são duas fãs adolescentes, identificadas como Vitória e Vanessa, que na época tinham 16 anos, que foram ao ônibus da banda para pegarem autógrafos. Segundo depoimento das duas, elas foram empurradas para dentro do banheiro do veículo e abusadas sexualmente pelos integrantes da New Hit.
Com o desenrolar dos fatos, os acusados foram presos na delegacia de Ruy Barbosa e transferidos cinco dias depois, em 31 de agosto, para o Conjunto Penal de Feira de Santana, onde permaneceram por 34 dias, sendo liberados no dia 3 de outubro do mesmo ano.
Os alvarás de soltura foram assinados pela juíza Márcia Simões, responsável pela sentença final, por entender que os acusados não atrapalhariam as investigações do crime e não ofereceriam riscos às vítimas, já que estes possuem endereço fixo, profissão definida e não têm antecedentes criminais.
Por conta das ameaças recebidas pelas jovens e seus familiares, as duas adolescentes foram incluídas no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), no entanto, a pedido dos pais, elas deixaram o abrigo do programa alguns meses depois.