Após 18 horas de rebelião, os detentos do pavilhão 10 do Conjunto Penal de Feira de Santana, encerraram o motim na manha desta segunda-feira (25) que deixou oito mortos. Segundo o diretor do Conjunto, Clériston Leite, a revolta acabou por volta das 9h, depois de negociações lideradas pelo coronel PM Adelmário Xavier, do Comando de Policiamento da Regional Leste (CPRL). Outros comandos da Polícia Militar, equipes da Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap) e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal também participaram do acordo.
A rebelião teve início na tarde de ontem (24) após uma briga entre os detentos. Cerca de 70 pessoas foram mantidas reféns e oito presos foram mortos. Os detentos deixaram o pavilhão em duplas e foram encaminhados para outros setores do Conjunto Penal. Já os reféns começaram a sair por volta de 10h. Após a liberação da área, agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizarão a perícia.
Foi confirmada a morte do detento Jailson Lázaro, conhecido pelo apelido de “Escrepildes”, acusado de homicídio e assalto. Esta foi a oitava morte desde o início da rebelião, que também deixou cinco detentos feridos. Quatro deles já receberam alta do Hospital Geral Clériston Andrade.
O motim tomou o Pavilhão 10 do Conjunto Penal, cujas 38 celas são ocupadas por 336 presos, embora a capacidade seja de pouco mais de 150. O pavilhão não é o único superlotado. A briga que originou o motim, segundo a Polícia Militar, foi um “acerto de contas entre grupos rivais”.