O deputado estadual Binho Galinha (PRD), apontado como líder de uma suposta milícia na região de Feira de Santana, era acusado de possuir um “núcleo armado”. A denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e obtida pelo portal Bahia Notícias revelou que o esquema criminoso contava com uma segurança pessoal para a cúpula da organização, além da prática de cobrança de dívidas ilegais e extorsões.
De acordo com a denúncia, Binho Galinha mantinha em sua agenda mais de 120 policiais civis e militares para realizar tais atividades. A organização era suspeita de uma série de crimes, tais como receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capitais e outros delitos.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do MP-BA, ressaltou que o dinheiro gerado pelo jogo do bicho era frequentemente utilizado para financiar crimes, inclusive a formação de milícias.
Uma análise telemática revelou uma planilha de controle de pagamentos, possivelmente semanais, incluindo valores destinados à Polícia Civil e à Polícia Militar de Feira de Santana. O Gaeco indicou que PMs próximos a Binho Galinha atuavam como sua segurança pessoal e de seus familiares, praticando cobranças violentas relacionadas a agiotagem, jogo do bicho e outros crimes.
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A operação para desmantelar o esquema liderado por Binho Galinha foi iniciada pelo Gaeco, que coletou evidências que apontavam para a atuação criminosa do deputado estadual. Durante a investigação, foram encontradas provas que ligavam diversos membros da milícia às atividades ilegais coordenadas por Binho Galinha.
O MP-BA enfatizou a gravidade dos crimes cometidos pela organização criminosa, destacando a influência negativa que tinham na segurança da região de Feira de Santana. A cobrança de dívidas ilegais e as extorsões praticadas pelo grupo geravam um clima de medo e insegurança entre os moradores da área.
A prisão de Binho Galinha e de outros membros da milícia representou um avanço significativo no combate ao crime organizado na região. As autoridades esperam que a ação contra essa organização criminosa sirva como um exemplo claro de que tais atividades ilegais não serão toleradas no estado da Bahia.