Um adolescente de 16 anos apreendido pela polícia na última segunda (22), suspeito de participação na morte da professora Anilene Faria dos Santos, ocorrido durante uma tentativa de assalto na última semana, no bairro da Mouraria, em Salvador, foi transferido para a 2ª Vara da Infância e da Juventude, onde vai ficar internado. Os outros dois envolvidos no crime já foram identificados.
Argemira dos Santos, mãe da professora, conta que ainda não conseguiu voltar à casa da filha. Ela diz que é pela manhã que mais sente falta de Aniele, por causa das mensagens pelo celular que ela cistumava mandar.
“Ela botou uma florzinha com dois dedinhos, [e escreveu] de uma flor para outra flor. Foi a última mensagem dela”, conta emocionada.
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De acordo com o delegado Guilherme Machado, o adolescente contou que foi convidado pelos outros dois amigos para participar do roubo que terminou na morte da professora.
“Os três se aproximaram, cercaram a professora e deram voz de assalto. Ela agiu instintivamente e acabou gritando. O outro menor, que estava armado, acabou dando um disparo no rosto da professora”.
Segundo a polícia, o jovem costumava praticar assaltos na região do Centro Histórico e já tinha sido apreendido por porte ilegal de armas e tráfico de drogas.
Pelo crime, os jovens podem pegar até três anos de internamento na Comunidade de Atendimento Socioeducativa (CASE). Para o delegado, aumentar o tempo de internação desses jovens pode ajudar a diminuir as infrações.
“Três anos de internação é realmente muito pouco para quem tira a vida de uma pessoa. Eu defendo o aumento do tempo de internação, não a redução da maioridade penal”, afirma.
Na Bahia, a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) registrou até março deste ano 607 atos infracionais envolvendo menores. Em 2014 foram mais de 2,4 mil registros de infrações do tipo, como tráfico de drogas, lesão, roubo, ameaça e porte de arma.
Com informações do G1 e Atarde