Um vídeo de tortura que circula na internet mostra um policial militar raspando com um facão a tatuagem nas costas de um rapaz. O vídeo de 1m54 mostra dois policiais, com brasão e uniforme semelhante ao da corporação do Estado do Ceará, torturando o jovem com golpes de facão e chutes no tronco.
Durante as cenas, os policiais raspam uma tatuagem de palhaço no lado esquerdo das costas do rapaz. “Chore, não. O palhaço agora está ganhando cor. A gente agora está só dando cor para o seu palhaço”, provocou um dos policiais, enquanto a vítima chorava de dor. Aos poucos, a tatuagem vai desaparecendo e dando espaço ao vermelho do sangue.
“Chore, não. Tu não é vida louca?”, insistiu um PM, aos gemidos de “não” da vítima. A cena chocante segue com os policiais colocando o rapaz deitado. No chão, o jovem recebe chutes de um PM, enquanto outro continua raspando a tatuagem. “Isso aqui é para tu deixar de ser gaiato, viu?”, disse o policial.
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Ao site Jornal Evangélico de Porto Velho, o tenente-coronel Andrade Mendonça, responsável pelo setor de Comunicação Social da Polícia Militar do Ceará, afirmou ter conhecimento das imagens. Porém o policial disse que não há elementos suficientes para indicar que o caso tenha ocorrido no Estado: “É um vídeo anônimo que chegou para nós. Analisamos as imagens, mas não tivemos elementos suficientes para abrir um procedimento apuratório”.
Na Bahia, a Polícia Militar criou uma cartilha de identificação de tatuagem, relacionando as tatuagens dos detentos com os crimes realizados por eles. A cartilha gerou críticas e revolta nas redes sociais por criar um estereótipo de tatuagem e criminalizar a arte. Segundo a cartilha, o desenho do Palhaço é associado a roubo e morte de policiais.
Assista ao vídeo:
PM arranca tatuagem com facão durante sessão de tortura, mostra vídeo.Um vídeo que circula em grupos de Whatsapp mostra um policial militar, aparentemente pertencente à corporação do Estado do Ceará, utilizando um facão para torturar um rapaz. O PM passa todo o 1m54 do vídeo raspando o lado esquerdo das costas da vítima (a íntegra do vídeo está abaixo).O rapaz, que chora enquanto sangra, é ainda agredido com a ponta do facão e com a lateral da lâmina. Outra pessoa, que acompanha a sessão, dá dois violentos chutes na região do tronco da vítima. É possível ver que ela usa coturno semelhantes aos da PM.Não é possível saber quando e onde a tortura ocorreu. As imagens foram repassadas nesta segunda-feira (5) ao Site Jornal Evangélico de Porto Velho por um delegado da Polícia Civil de São Paulo, que as recebeu por meio de um grupo de policiais do qual participa.Aparentemente, a tortura ocorre porque o rapaz tem uma tatuagem de palhaço nas costas. No início do vídeo, com a vítima ainda em pé e com a camisa levantada, o policial torturador afirma:— Chore, não. O palhaço agora está ganhando cor. A gente agora está só dando cor para o seu palhaço.A tatuagem começa a desaparecer, sob o vermelho do sangue. O torturador também dá pancadas com o facão nas costas da vítima e insiste:— Chore, não. Tu não é vida louca?A vítima responde:— Não.Mas o policial não aceita:— É sim.Em seguida, a vítima é obrigada a se ajoelhar. A tortura prossegue. Logo depois, o rapaz aparece deitado, ainda sendo torturado. É nesse momento que outra pessoa, aparentemente também um policial, desfere os dois chutes com o lado interno do coturno direito. O policial que segura a faca não para de raspar as costas da vítima. E afirma:— Isso aqui é para tu deixar de ser gaiato, viu?Na parte final do vídeo, o torturador manda a vítima esticar o braço e coloca o joelho esquerdo nas costas dela. É possível ver um relógio no pulso esquerdo do policial e, no dedo anular, o que aparenta ser uma aliança. Quando ele passa a usar a mão esquerda para praticar a tortura, é possível ver, em seu braço esquerdo, a divisa de soldado e um brasão.As cores da divisa, em preto e dourado, o formato do brasão, composto aparentemente de um retângulo sobre um semicírculo, além dos tons do uniforme, camisa clara e calça escura, são semelhantes aos utilizados pela Polícia Militar do Estado do Ceará.Questionado a respeito do vídeo na noite de segunda-feira (5), o tenente-coronel Andrade Mendonça, responsável pelo setor de Comunicação Social da Polícia Militar do Ceará, afirmou ter conhecimento das imagens. Apesar do uniforme semelhante, ele disse que não há elementos suficientes para indicar que o caso tenha ocorrido no Estado:— O uniforme pode ser de corporações de outros Estados. É um vídeo anônimo que chegou para nós. Analisamos as imagens, mas não tivemos elementos suficientes para abrir um procedimento apuratório.O coronel frisou, porém, que, caso haja novas informações sobre as imagens, a Polícia Militar cearense pode iniciar uma investigação.A imagem da divisa e do brasão no braço do policial, porém, não encerram o vídeo. Antes de a sessão de tortura acabar, há um último ato de sadismo. O polícial pergunta à vítima, cujas costas sangram em carne viva:— Está doendo? Está doendo?
Posted by Jornal Evangélico de Porto Velho on Domingo, 4 de outubro de 2015