O Supremo Tribunal Federal valida veto a indicações políticas em empresas públicas
O Supremo Tribunal Federal (STF) validou, nesta quinta-feira (9), trecho da Lei das Estatais que proíbe indicações de políticos para a diretoria de empresas públicas.
Com a decisão, as indicações de políticos para estatais estão vetadas. Contudo, políticos que assumiram cargos nas empresas públicas durante a vigência de liminar proferida em março do ano passado pelo então ministro do STF Ricardo Lewandowski, que flexibilizou a norma, poderão permanecer nos cargos.
Por 8 votos a 3, a Corte decidiu derrubar a liminar de Lewandowski. Na sessão de quarta-feira (8), os ministros já tinham encaminhado cinco votos favoráveis pela validação da lei. Na sessão da tarde desta quinta-feira, o plenário concluiu o julgamento.
Antes de se aposentar e deixar a Corte, Lewandowski atendeu ao pedido liminar do PCdoB e suspendeu o trecho da norma que impedia ministros de Estado e secretários estaduais e municipais de atuarem nas diretorias e nos conselhos de administração de estatais.
A liminar, no entanto, manteve a proibição de indicação de pessoas que ainda participam da estrutura decisória de partidos ou que têm trabalho vinculado às legendas e às campanhas políticas. O período de 36 meses de quarentena para ingresso nas empresas públicas também foi suspenso pelo ex-ministro.
Diante da decisão do plenário, todas as restrições suspensas pela liminar de Lewandowski voltam a valer.
No entanto, pelo entendimento da maioria dos ministros do STF, as indicações feitas durante a liminar do ministro não podem ser consideradas ilegais por estarem amparadas na decisão.
A validação da proibição de indicações políticas para empresas públicas representa um avanço no combate à corrupção e no fortalecimento da gestão transparente e eficiente dessas entidades. A decisão do STF reforça a necessidade de profissionalismo e meritocracia na escolha dos dirigentes das estatais, garantindo que estes sejam escolhidos com base em critérios técnicos e não políticos.
A sociedade civil e os órgãos de controle devem ficar atentos para garantir o cumprimento da lei e evitar possíveis tentativas de burlar as regras estabelecidas pela legislação. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para assegurar a lisura e a eficácia na gestão das empresas públicas, que desempenham um papel essencial na economia e no desenvolvimento do país.
Com informações da Agência Brasil.