Organizados principalmente pelos grupos Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, dois dos responsáveis por protocolar o pedido de impeachment da presidente na Câmara dos Deputados, os atos ocorrerão em todas as capitais brasileiras, com início marcado para entre 10h e 13h. Brasileiros que moram em Porto e Lisboa, em Portugal, também irão se juntar ao movimento.
O principal dos atos está marcado para a Avenida Paulista, local que chegou a receber entre 210 mil – segundo estimativas do Instituto Datafolha – e 1 milhão – de acordo com a Polícia Militar – de pessoas no auge dos atos, em março.
Em Salvador, a expectativa é de que milhares de pessoas se concentrem no Farol da Barra.
“Mas, ainda que o impeachment esteja cada vez mais palpável, não esperamos um número tão grande de pessoas, até pelo curto período que tivemos para divulgar os atos”, afirma Renan Santos, um dos líderes do MBL. “Por isso estamos chamando estes protestos de um esquenta para uma nova onda de atos, que visam a mostrar que a população está do nosso lado.”
Além de a expectativa de público não ser tão grande, o número de cidades participantes dos protestos também é menor do que em atos anteriores. No primeiro deles, em março, aquele com maior adesão de público, eles ocorreram em mais de 150 municípios. No seguinte, em abril, o montante passou para 224. No terceiro, ficou em 201. Entretanto, ao contrário das manifestações anteriores, anunciadas sempre com cerca de um mês de antecedência, a deste domingo foi divulgada apenas dez dias antes de sua realização.
Foco nos políticos
Apesar de ser uma forma de inferir o apoio popular para a causa que defendem, os grupos pro-impeachment admitem desde agosto que não é um objetivo entre eles superar os números registrados especialmente nos protestos de março, a despeito de, naturalmente, ser um desejo dos movimentos.