O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com 38 ministros nesta segunda-feira (13) e cobrou unidade no discurso e nas ações para combater a tragédia que assola o Rio Grande do Sul.
Na ocasião, o presidente e o ministro Rui Costa (Casa Civil) apontaram problemas em comportas no Rio Grande do Sul, em referência ao sistema de combate às cheias da capital Porto Alegre, para justificar a dimensão da catástrofe.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, dois participantes da reunião relataram que Rui afirmou que havia 23 comportas no estado que deveriam atuar para evitar as enchentes, mas apenas uma teria funcionado. Caso elas estivessem em bom estado, a tragédia poderia ter sido menor, apontou o ministro.
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Ele mencionou que, apesar do alto nível da água, ela não ultrapassou a marca de 6 metros do muro de contenção. No entanto, por falhas de manutenção, a água teria entrado por brechas na parte de baixo.
Anteriormente, Lula já havia abordado esse tema ao afirmar que as inundações que atingem a capital gaúcha e praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul não foram apenas “fenômeno da chuva”. O presidente sugeriu que as enchentes também foram causadas por falta de manutenção no sistema de comportas.
Na reunião ministerial, o chefe da Casa Civil ainda afirmou que há intenção do governo de contratar um estudo de uma consultoria internacional para fazer o diagnóstico dos problemas no estado e apontar soluções. Uma das funções desse levantamento seria analisar a viabilidade da construção de um canal de escoamento e a contratação deve ser acertada pelo Ministério dos Transportes.
Durante sua fala na reunião, Rui também mencionou que o governo está estudando a possibilidade de comprar imóveis que estejam em construção no Rio Grande do Sul e em áreas não afetadas pelas enchentes para oferecê-los no programa Minha Casa Minha Vida.
A proposta é do Ministério das Cidades e será discutida ao longo da semana com a Casa Civil. Segundo integrantes do governo, uma ideia em consideração é que os imóveis sejam subsidiados pelo governo para os moradores que perderam suas casas. Os detalhes ainda estão sendo debatidos.