Pimenta: prioridade no RS é drenar água empoçada.

Por Redação
3 Min

O ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, informou nesta quinta-feira (16) que o governo federal está estudando, em conjunto com prefeitos e o governo do Rio Grande do Sul, uma maneira de drenar a água que está acumulada na cidade de Porto Alegre e nos municípios da região metropolitana da capital gaúcha.

Em uma entrevista concedida à Rádio Guaíba, o ministro mencionou que os gaúchos poderão utilizar bombas vindas de São Paulo, da Companhia de Saneamento Básico do Estado, e também as bombas utilizadas na transposição do São Francisco. “Estamos tentando auxiliar no transporte”, afirmou Pimenta, ao mencionar a possibilidade de envolver as Forças Armadas na operação. “Se não tivermos um sistema capaz de drenar essa água, ela vai demorar meses para sair”, acrescentou.

Pimenta explicou que a região metropolitana de Porto Alegre fica quase ao nível do mar e é cercada por diversos rios, o que a torna vulnerável a enchentes. Por isso, a área é protegida por diques para evitar a entrada de água durante as cheias. “Infelizmente, diversos desses diques cederam nessa grande inundação. Com isso, as cidades estão submersas. Mesmo que o nível do rio diminua, a água não escoa. São milhares de residências afetadas. Não temos nem como contar quantas casas foram atingidas ou quantas ainda podem ser recuperadas”, explicou Pimenta em um comunicado transmitido pelas redes sociais.

Na manhã de hoje, o ministro se reuniu com as prefeituras de Porto Alegre, São Leopoldo, Canoas, Guaíba, Eldorado, Nova Santa Rita e outros municípios do Rio Grande do Sul que estão enfrentando grandes áreas alagadas e um alto número de desabrigados.

“Há 80 mil pessoas em abrigos. Esta é uma questão crucial para nós agora. As condições dos abrigos. Garantir alimentação, água potável, remédios, assistência”, disse Pimenta, destacando que as prefeituras dos municípios gaúchos podem incluir nos planos de ação apresentados à defesa civil a contratação de serviços para a remoção da água acumulada.

Os dados divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira indicam que as enchentes no estado já causaram a morte de 151 pessoas, deixaram 104 desaparecidas e afetaram 2,2 milhões de pessoas, com 615,3 mil desalojados e desabrigados. Pelo menos 460 municípios gaúchos, de um total de 497, foram atingidos pelos intensos temporais.

Com informações da Agência Brasil.

Compartilhe Isso