Escritor, professor e ex-deputado pelo PT, Emiliano José, lançou seu mais novo livro, “Zanetti: o Guardião do Óleo da Lamparina”. Com quase 500 páginas, a obra tem como protagonista José Carlos Zanetti, um revolucionário do Paraná que se mudou para a Bahia, onde foi preso e torturado durante a ditadura militar. Mesmo diante de toda angústia e medo dos tempos sombrios do regime, o paranaense nunca perdeu a esperança e seus sonhos.
Na obra, o leitor terá a oportunidade de conhecer a trajetória desse revolucionário que percorreu o Brasil, enfrentou a fome como perseguido político e se engajou na luta pelos direitos humanos. Além disso, encontrará relatos das prisões dos discordantes do regime, das torturas e de toda a história da luta para derrubar a ditadura. Aqueles interessados em adquirir o livro podem entrar em contato através do WhatsApp 71 9997 – 8635.
O título “O Guardião do Óleo da Lamparina” foi escolhido como uma metáfora por Emiliano, inspirado em uma ideia do teólogo, escritor, filósofo e professor Leonardo Boff. A expressão representa a perseverança e a defesa de um Brasil melhor pela qual Zanetti nunca desistiu de lutar. Segundo Emiliano, Boff diz que a lamparina acesa, mantida pelo óleo, alimenta os sonhos. Assim, Zanetti era o guardião desse óleo, um difusor de sonhos.
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Amigo do paranaense, o autor do livro ressaltou a riqueza do personagem e a importância de contar sua história. Emiliano destacou a participação de Zanetti na luta política, desde os tempos sombrios da ditadura até os momentos de esperança. O livro narra a trajetória de Zanetti desde sua infância e juventude no Paraná, passando por sua atuação como líder estudantil e sua entrada na organização revolucionária Ação Popular.
Após passar por diversas regiões do Brasil, Zanetti desembarcou na Bahia, assim como Emiliano. Ambos foram presos, sendo Emiliano detido em 23 de novembro de 1970 e Zanetti em 5 de maio de 1971. O livro não se limita à história de Zanetti, mas também relata a trajetória dos dirigentes presos e torturados durante a ditadura.
Após sua libertação, Zanetti tentou a carreira no jornalismo, mas acabou dedicando-se à luta pelos direitos humanos através da Cesi (Coordenadoria Ecumênica de Serviço). Emiliano descreve Zanetti como alguém profundamente envolvido com as causas sociais, atuando nas periferias, campos, quilombos e comunidades indígenas.
O novo livro de Emiliano José é um tributo a Zanetti, que o autor considera um ser humano extraordinário. Emiliano destaca a personalidade amorosa e revolucionária de Zanetti, que cativava as pessoas com sua ternura. O autor finaliza afirmando que Zanetti era o melhor de todos, um exemplo de como ser firme sem perder a doçura.