A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (4) tornar réu o senador Sergio Moro (União-PR) pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Em abril de 2023, a então vice-procuradora da República Lindôra Araújo denunciou o parlamentar após a divulgação de um vídeo nas redes sociais. Na gravação, Moro é visto em uma conversa com pessoas não identificadas. Durante o diálogo, que teria ocorrido em 2022, Moro declarou: “Não, isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.
Por unanimidade, o colegiado seguiu o voto proferido pela relatora, ministra Cármen Lúcia. Para a ministra, existem indícios de fato delituoso que justificam a abertura de uma ação penal contra o senador.
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“A conduta dolosa do denunciado consistiu em expor sua vontade de imputar falsamente a magistrado deste Supremo Tribunal Federal fato definido como crime de corrupção passiva”, afirmou a ministra.
O entendimento foi compartilhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.
Defesa
Durante o julgamento, o advogado Luiz Felipe Cunha, representante de Moro, defendeu a rejeição da denúncia e afirmou que o parlamentar se retratou publicamente. Segundo o advogado, Moro utilizou uma expressão infeliz.
“Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, num ambiente de festa junina, em data incerta, meu cliente fez uma brincadeira falando sobre a eventual compra da liberdade dele, caso ele fosse preso naquela circunstância de brincadeira de festa junina”, afirmou o advogado.
Com informações da Agência Brasil.