A sede do governo estadual da Bahia pode ser transferida para a cidade de Santo Amaro da Purificação, localizada no recôncavo baiano, no dia 14 de junho, em homenagem à luta pela Independência do Brasil na Bahia. Conforme projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) a medida valeria por 90 dias.
O PL nº 25.403/2024, enviado pelo deputado Robinson Almeida (PT), tem o objetivo de destacar a importância do momento histórico. O texto ressalta a aprovação da ata de vereação da Vila de Santo Amaro como contexto de destaque no ato de independência.
O ato simbólico de mudança, segundo o documento, passaria a ser anual, em todo dia 14 de junho, “como medida para homenagear o gesto de bravura, e a um só tempo preservar os aspectos históricos da independência”.
“A proposição, também, é um pleito legítimo da população santo-amarense, que envida esforços no sentido de cuidar e proteger os muitos fatos e registros históricos ocorridos no território em que hoje está instalado Santo Amaro da Purificação.”
Batalha em Santo Amaro
Entre um dos episódios da independência do Brasil na Bahia ocorreu na Vila de Nossa Senhora da Purificação e Santo Amaro, hoje município de Santo Amaro da Purificação, no recôncavo baiano.
Em 14 de junho de 1822, os parlamentares santamarenses realizaram uma sessão de vereação extraordinária da Câmara de Vereadores da Vila de Santo Amaro, tendo sido aprovada a respectiva ata de vereação, o primeiro documento oficial separatista.
A ata de vereação, um manifesto pela independência, sustentava a garantia de direitos fundamentais dos brasileiros. Além disso, o documento histórico manifestava o desejo da população em viver em uma sociedade independente enquanto nação.
A transferência da sede do governo estadual para Santo Amaro da Purificação representa um marco histórico que reconhece a importância do município no processo de independência do Brasil. A população local se orgulha da sua história e luta para preservar as memórias e registros que marcaram aquele momento crucial para o país. A proposta de tornar o ato simbólico de mudança anual reforça a manutenção dos aspectos históricos da independência e o reconhecimento da bravura dos santamarenses na luta pela liberdade.