O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil – MA), foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de integrar uma organização criminosa e cometer o crime de corrupção passiva relacionado a desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf. As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.
O indiciamento aponta crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude a licitação. Segundo a publicação, as suspeitas estão ligadas a irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire (MA), cidade governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, e financiadas por emendas parlamentares indicadas durante o período em que ele era deputado federal.
As obras teriam beneficiado propriedades da família do ministro. O relatório final do caso foi encaminhado ao ministro Flávio Dino, relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal).
Críticas
Em nota, Juscelino Filho (União Brasil) criticou o trabalho da Polícia Federal, após ser indiciado por suspeita de integrar uma organização criminosa que desviava recursos destinados para obras.
O ministro acusou a investigação de revirar episódios antigos e vasculhar sua vida sem encontrar provas contra ele. Juscelino ainda afirmou que o inquérito foi utilizado para criar uma narrativa sem fatos objetivos.
“Trata-se de um inquérito que vasculhou a minha vida e a dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar”, diz trecho da nota divulgada.
“A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”, pontuou o ministro.