A deputada federal Jack Rocha (PT-ES) solicitou, nesta quarta-feira (12), mais tempo para elaborar o plano de trabalho que guiará o processo contra o também deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O deputado, que está preso desde 24 de março, refuta as acusações. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros, no centro do Rio, no dia 14 de março de 2018.
Os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reuniram hoje para conhecer o plano de trabalho da relatora do processo disciplinar, e também para analisar as representações por quebra de decoro contra os deputados Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Glauber Braga (PSOL-RJ).
A deputada, contudo, afirmou precisar de mais tempo para examinar toda a documentação que, segundo o presidente do conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA), os advogados de Brazão entregaram ao colegiado na última segunda-feira (10) – e à qual Jack Rocha afirma só ter tido acesso ontem (11).
“Os documentos relacionados à defesa foram recebidos ontem, inclusive, no final da tarde de ontem. Existem alguns documentos que precisam ser avaliados. Estamos solicitando um prazo adicional para elaborar o plano de trabalho e comunicar à comissão”, solicitou a deputada.
Conforme informado pelo presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, além da defesa escrita, os advogados de Brazão entregaram um HD, ou seja, um dispositivo de armazenamento de dados, contendo documentos que estão sob segredo de justiça e aos quais os deputados terão acesso agora.
Lomanto solicitou a Jack Rocha que apresente o plano de trabalho na próxima semana, em uma nova reunião do colegiado. “Se puder apresentar, para que a gente possa, já na próxima sessão [analisar o plano de trabalho]. Porque temos um tempo e diversas testemunhas para serem ouvidas”, explicou o deputado.
Com informações da Agência Brasil.