PF considera funcionária presa pessoa chave

Por Redação
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Ângela Palmeira Ferreira, que foi presa nesta sexta-feira (11), em Salvador (BA), pela Operação Lava Jato, é considerada pela Polícia Federal “pessoa chave” para pagamento de vantagens indevidas e lavagem de dinheiro por parte da empresa Odebrecht.

Ela foi detida em uma ação de desdobramento da 23ª fase da operação que recebeu o nome de “Acarajé”. Este é, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, o termo utilizado pelos suspeitos para definir “recursos em espécie”.

Nesta etapa, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal apuram pagamentos feitos pela Odebrecht ao marqueteiro João Santana, que trabalhou em campanhas eleitorais do PT. Foram US$ 3 milhões no exterior e R$ 22,5 milhões no Brasil, segundo as investigações.

Lava Jato 01A suspeita é de que a fonte dos recursos seja o esquema de corrupção de desvio de dinheiro da Petrobras.

Ângela Ferreira foi presa em casa. A prisão é temporária, ou seja, tem prazo de cinco dias. Ela pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

O advogado de Ângela Ferreira, Rafael Santana, não atendeu ao telefone celular.

Suspeitas

De acordo com a Polícia Federal, Ângela Palmeira Ferreira trabalhava na mesma equipe de Maria Lucia Tavares, que foi apontada pelas investigações como a responsável pela contabilidade paralela da Odebrecht destinada a pagamentos ilícitos. Maria Lúcia Tavares chegou a ficar presa por dez dias em Curitiba.

Os investigadores afirmam ter identificado e-mails de Ângela Ferreira para Maria Lúcia Tavares com planilhas com codinomes que sugerem entradas de valores em conta corrente paralela mantida por operadores financeiros.

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