O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta terça-feira (18) a abertura de um novo inquérito para investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.
A nova investigação irá apurar o crime de obstrução que ocorreu durante a fase inicial das investigações conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Os principais alvos serão o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (Domingos Brazão), seu irmão, o deputado federal sem partido (Chiquinho Brazão), o ex-chefe da Polícia Civil (Rivaldo Barbosa), o delegado (Giniton Lages) e o comissário de polícia (Marco Antonio de Barros Pinto). Giniton e Marco Antonio foram responsáveis pela condução da investigação sobre o assassinato.
Além disso, Alexandre de Moraes também determinou que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) avalie a abertura de outra investigação para apurar os crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que teriam sido cometidos por Rivaldo Barbosa e sua esposa, Érika Andrade Araújo, acusada pela Polícia Federal (PF) de movimentar cerca de R$ 2 milhões ao longo de dois anos.
A decisão de Moraes foi tomada para cumprir o resultado do julgamento no qual os ministros da Primeira Turma da Corte decidiram, por unanimidade, tornar réus cinco acusados pelo assassinato de Marielle.
Durante o julgamento, a defesa dos réus rejeitou as acusações.
Essas medidas foram tomadas com base nas informações da Agência Brasil.
Com isso, novas investigações estão em andamento para esclarecer detalhes sobre a obstrução durante a fase inicial das apurações, bem como para verificar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro cometidos por pessoas envolvidas no caso.
Espera-se que a justiça seja feita e que os responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes sejam devidamente identificados e punidos conforme a lei.